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Após posse contestada, Maduro afirma que “verdade triunfou” e que Venezuela iniciará “nova etapa”

A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal aliança da oposição, classificou o ato de Maduro como um "golpe de Estado"

Nicolás Maduro toma posse em meio a forte contestação interna e externa sobre sua reeleição (Juan BARRETO/AFP)

Nicolás Maduro toma posse em meio a forte contestação interna e externa sobre sua reeleição (Juan BARRETO/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 12 de janeiro de 2025 às 14h12.

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O líder venezuelano Nicolás Maduro tomou posse para um terceiro mandato consecutivo na Venezuela, afirmando que "a verdade triunfou" e que uma "nova etapa" está começando no país. A cerimônia de posse, realizada na última sexta-feira, ocorreu sob forte contestação da oposição e de parte da comunidade internacional, que denunciam irregularidades no processo eleitoral.

"Triunfou a paz, a estabilidade, a Constituição, a democracia e a verdade, e Nicolás Maduro Moros é presidente da República Bolivariana da Venezuela, empossado para o período 2025-2031", escreveu Maduro no Telegram.

Denúncias de golpe e oposição ao governo

A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal aliança da oposição, classificou o ato como um "golpe de Estado", alegando que seu líder, Edmundo González Urrutia, foi o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho. De acordo com a PUD, 85,18% das atas de votação coletadas por observadores indicam vitória de González, mas o resultado oficial ainda não foi detalhado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo chavismo.

Grande parte da comunidade internacional, incluindo Estados Unidos, União Europeia e países da América Latina como Peru e Paraguai, também rejeita a legitimidade do novo mandato de Maduro.

Por sua vez, González Urrutia declarou que está "muito próximo" de retornar ao país e afirmou que Maduro "violou a Constituição e a vontade soberana dos venezuelanos".

Maduro defende legitimidade e anuncia "nova democracia"

Maduro insiste que o país está "em paz, em democracia" e "em pleno exercício" de sua soberania. Ele descreveu sua reeleição como resultado de uma "perfeita fusão popular-militar-policial" e prometeu construir o que chamou de "a paz dos justos" e uma "nova democracia revolucionária".

As tensões internas e a pressão externa devem marcar o início deste terceiro mandato, enquanto a oposição e organismos internacionais cobram esclarecimentos sobre o processo eleitoral.

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