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Após críticas, EUA dizem que Trump condena KKK e neonazistas

O presidente foi criticadpo por não denunciar os supremacistas brancos, que no sábado realizaram um evento de nacionalistas brancos em Charlottesville

Protestos: no sábado Trump repudiou o que chamou de "esta demonstração flagrante de ódio, intolerância e violência de muitos lados" (Scott Olson/Getty Images)

Protestos: no sábado Trump repudiou o que chamou de "esta demonstração flagrante de ódio, intolerância e violência de muitos lados" (Scott Olson/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de agosto de 2017 às 10h29.

Estados Unidos - Os comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repudiando a violência em uma manifestação de nacionalistas brancos também se destinaram à Ku Klux Klan e a grupos neonazistas, disse a Casa Branca no domingo, um dia depois de Trump ser criticado por não denunciar explicitamente os supremacistas brancos.

Autoridades dos EUA iniciaram uma investigação sobre os episódios fatais de violência na Virgínia, que renovaram a pressão para que o governo Trump adote uma postura inequívoca contra os extremistas de direita que compõem um segmento leal da base política do presidente republicano.

Uma mulher de 32 anos morreu e 19 pessoas ficaram feridas, cinco gravemente, no sábado, quando um homem lançou seu carro sobre uma multidão que protestava contra o evento de nacionalistas brancos em Charlottesville, cidade do sul da Virgínia.

Outras 15 pessoas ficaram feridas em confrontos de rua sangrentos entre nacionalistas brancos e manifestantes opostos.

Dois policiais estaduais da Virgínia morreram na queda do helicóptero que ocupavam depois de auxiliarem os esforços para conter os tumultos, que o prefeito Mike Signer disse terem sido confrontados por quase mil agentes da lei.

Ex-alistado do Exército, James Alex Fields Jr., de 20 anos, um homem branco do Ohio que um ex-professor de segundo grau descreveu como "enamorado" pela ideologia nazista na adolescência, deve comparecer a um tribunal para ser acusado de assassinato e outros crimes decorrentes do atropelamento fatal.

A investigação federal de "crime de ódio" do incidente "não se limita ao motorista", informou uma autoridade do Departamento de Justiça à Reuters.

"Investigaremos se outros podem ter estado envolvidos no planejamento do ataque".

Democratas e republicanos criticaram Trump por demorar demais para se pronunciar sobre os episódios de violência - sua primeira grande crise interna como líder do país - e por não condenar explicitamente os manifestantes supremacistas brancos que iniciaram os conflitos ao fazê-lo.

No sábado Trump repudiou o que chamou de "esta demonstração flagrante de ódio, intolerância e violência de muitos lados".

No domingo, porém, a Casa Branca acrescentou: "O presidente disse com muita ênfase em seu comunicado ontem que condena todas as formas de violência, intolerância e ódio, e é claro que isso inclui supremacistas brancos, KKK, neonazistas e todos os grupos extremistas. Ele pediu união nacional e que todos os americanos se unam".

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