Policiais fazem investigação em igreja que sofreu ataque após a chegada do papa ao Chile (Carlos Vera/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 10h10.
Santiago - Outras três igrejas católicas foram atacadas no Chile esta madrugada, poucas horas depois da chegada do papa Francisco ao país, informaram a Polícia e o Corpo de Bombeiros nesta terça-feira.
Dois ataques aconteceram em Cunco, a pouco mais de 700 quilômetros de Santiago, na região da Araucanía.
As igrejas ficaram totalmente destruídas, conforme disse o comandante do Corpo de Bombeiros da localidade, Pablo Oackley, à uma rádio chilena.
"Os templos atacados ficavam nos setores de Lagunillas e em Río Negro e as chamas começaram simultaneamente em ambos os lugares. As capelas foram totalmente consumidas. Não ficou qualquer vestígio. Será difícil determinar a origem e causa do incêndio", disse Oacley.
A Polícia investiga a autoria do crime. Araucanía é palco de um conflito entre comunidades indígenas, que exigem terras ancestrais, e empresas agrícolas.
O papa Francisco, que chegou hoje a Santiago, irá à Araucanía na quinta, onde fará uma missa campal em Temuco, a capital da região.
Em Puente Alto, município que faz limite com Santiago, o ataque foi direcionado à Paróquia Mãe da Divina Providência, que sofreu danos consideráveis, segundo a Polícia.
De acordo com moradores da região, cinco pessoas lançaram bombas contra a porta do templo e depois queimaram bandeiras do Chile e do Vaticano.
Com as ações de hoje, já são nove as igrejas católicas que sofreram ataques incendiários ou explosivos desde a semana passada no país.