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Após alerta dos EUA, Turquia lança operação contra EI

Hoje, 12 pessoas foram detidas, e mandados de prisão foram emitidos contra outras oito no âmbito de uma investigação contra o grupo jihadista

EI: nos últimos anos, a Turquia foi palco de uma série de atentados letais, atribuídos (ou reivindicados) tanto por militantes curdos quanto pelo EI (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

EI: nos últimos anos, a Turquia foi palco de uma série de atentados letais, atribuídos (ou reivindicados) tanto por militantes curdos quanto pelo EI (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de março de 2018 às 12h31.

Autoridades turcas reforçaram as medidas de segurança em Ancara nesta segunda-feira (5) e fizeram uma batida contra indivíduos suspeitos de integrarem o grupo Estado Islâmico (EI), um dia depois de receberem um "alerta de segurança" americano - noticiou a imprensa local.

Hoje, 12 pessoas foram detidas, e mandados de prisão foram emitidos contra outras oito no âmbito de uma investigação contra o EI, informou a agência de notícias estatal Anadolu.

De acordo com o jornal "Hürriyet", essas detenções estão relacionadas com o anúncio feito no domingo (4) pela embaixada dos Estados Unidos em Ancara sobre o fechamento de todos seus serviços ao público nesta segunda-feira, "devido a um alerta de segurança".

Sem mencionar esse alerta americano, a Anadolu informa que a operação estava "prevista" e que as pessoas detidas são de "nacionalidade estrangeira", trabalhavam para recrutar combatentes para o EI e tinham contato com "as zonas de combate".

Já o governo publicou um comunicado, anunciando a aplicação de medidas de segurança reforçadas, graças a informações fornecidas pelos americanos sobre um risco de atentado.

Nos últimos anos, a Turquia foi palco de uma série de atentados letais, atribuídos (ou reivindicados) tanto por militantes curdos quanto pelo EI.

A embaixada americana em Ancara foi alvo de um atentado suicida em 2013 reivindicado por um grupo de extrema-esquerda. Um guarda turco faleceu no episódio.

As relações entre Washington e Ancara se tensionaram nos últimos meses. A Turquia condena os Estados Unidos, especialmente, por armar a principal milícia curda na Síria, as Unidades de Proteção Popular (YPG), contra a qual Ancara lançou uma ofensiva no território de Afrin, no noroeste da Síria.

A Turquia considera as YPG como uma entidade terrorista, enquanto Washington pede a Ancara que se concentre na luta contra o EI.

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