Indonésia: 189 pessoas estavam abordo do avião que caiu no mar de Java nesta segunda (Edgar Su/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de outubro de 2018 às 15h37.
Última atualização em 30 de outubro de 2018 às 15h46.
Jacarta - O Ministério dos Transportes da Indonésia anunciou nesta terça-feira que inspecionará todos os aviões Boeing 737 MAX após o acidente com uma aeronave desse modelo operada pela companhia Lion Air, que caiu no mar de Java na segunda-feira com 189 pessoas a bordo, sem que por enquanto haja informações de sobreviventes.
O chefe de comunicação do Ministério dos Transportes, Baitul Ihwan, confirmou à Agência Efe que a medida afetará todos os aparelhos desse modelo que operam no país, sem precisar os prazos.
Os Boeing 737 MAX continuarão voando durante o período de inspeção, indicou o diretor-geral de Aviação Civil do ministério, Pramintohadi Sukarno, ao jornal local "Detik".
O anúncio acontece depois que o ministro de Transporte indonésio, Budi Karya, assegurou em comunicado que os Boeing 737 MAX com número de voo JT 610 que caiu na segunda-feira tinha todos os certificados e havia passado pelas inspeções necessárias antes de voar.
O aparelho, que caiu 13 minutos depois de decolar do aeroporto internacional da capital com destino a Pangkal Pinang, foi usado pela primeira vez pela companhia aérea indonésia em agosto deste ano e contava com somente 800 horas de voo.
Antes de cair, o piloto solicitou o retorno ao aeroporto da capital, mas não enviou sinal de emergência antes de começar a descer a cerca de 300 milhas por hora (482 km/h) desde aproximadamente 3 mil pés de altura (cerca de 915 metros).
O porta-voz da Lion Air, Danang Mandala Prihantoro, disse à Agência Efe que é preciso esperar informações das caixas-pretas antes de falar sobre os erros técnicos apresentados pelo avião no seu voo anterior e que, segundo a companhia aérea, foram resolvidos antes da tragédia.
Fundada em 1999, a Lion Air, a maior companhia aérea de baixo custo da Indonésia, contabiliza seis acidentes menores e um mortal, o ocorrido em 2004 na cidade de Só e no qual morreram 25 pessoas.
Em junho, a União Europeia (UE) suspendeu a proibição imposta em 2007 a todas as companhias aéreas indonésias para voar à Europa por descumprir as normas de segurança comunitária.
Em particular, a Lion Air ficou na "lista negra" de segurança aérea da UE até 2016.