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Após ação penal, advogado de Strauss-Kahn prevê fracasso de processo civil

Segundo Benjamin Brafman, um dos advogados do ex-dirigente do FMI, a camareira não sofreu nenhum dano e outro processo não terá sucesso

O advogado de Strauss-Kahn também exalta a inocência de seu cliente (Allan Tannenbaum/AFP)

O advogado de Strauss-Kahn também exalta a inocência de seu cliente (Allan Tannenbaum/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 06h21.

Paris - Benjamin Brafman, um dos advogados do ex-dirigente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn, afirma que o processo civil contra seu cliente acabará fracassando, assim ocorreu com a ação penal que o acusava de crimes sexuais contra uma camareira de hotel.

"Se a palavra dessa mulher (Nafissatou Diallo) não foi considerada crível uma vez, não o será uma segunda. E os franceses devem ter uma coisa clara: Strauss-Kahn não tem nenhuma intenção, e jamais teve, de dar-lhe dinheiro. Ela não sofreu nenhum tipo de dano", diz Brafman em entrevista concedida ao jornal Le Parisien.

"Sempre soube que ganharíamos, pois Strauss-Kahn é inocente. Mas achava que seria necessário convencer um júri", ressalta o advogado sobre a decisão desta terça-feira do juiz de retirar as acusações contra o réu feitas em maio, envolvendo agressão sexual e tentativa de estupro à camareira de um luxuoso hotel de Nova York.

Nesta terça-feira, os advogados de Nafissatou Diallo prometeram continuar "lutando" nos tribunais civis, onde já apresentaram uma denúncia em 8 de julho para provar que sua cliente "foi estuprada na suíte 2806" do hotel.

Já o advogado de Strauss-Kahn exalta a inocência de seu cliente. "Não foi a vitória de um homem rico que pôde pagar bons advogados contra uma mulher pobre. Foi a vitória da verdade".

Brafman reitera que a defesa sempre sustentou "que não houve violência e que a relação foi consentida". Ele aponta que, "além desses detalhes fundamentais", não aconselha o político francês a explicar o que aconteceu na suíte de hotel, porque "não foi um crime".

O advogado, reconhecido por representar na Justiça mafiosos e celebridades como o cantor Michael Jackson, disse que, em seus 35 anos de carreira, "nunca viu alguém tão destacável e digno" como Strauss-Kahn, que "jamais perdeu a confiança".

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