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Após 34 anos, suspeito do atentado de Lockerbie é detido por autoridades americanas

Atentado de Lockerbie, cometido em 1988, foi o ataque mais mortal da história do Reino Unido

Dois vizinhos observam os destroços do avião Pan Am 103 que explodiu, matando 270 pessoas, em Lockerbie, na Escócia, em 22 de dezembro de 1988 (AFP/AFP)

Dois vizinhos observam os destroços do avião Pan Am 103 que explodiu, matando 270 pessoas, em Lockerbie, na Escócia, em 22 de dezembro de 1988 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 11 de dezembro de 2022 às 15h36.

Última atualização em 11 de dezembro de 2022 às 15h38.

Um líbio suspeito de programar a bomba que explodiu um avião sobre Lockerbie, na Escócia, em 1988, matando 270 pessoas, foi detido por autoridade americanas, informaram autoridades escocesas neste domingo (11).

Um porta-voz do Departamento de Justiça americano confirmou em um comunicado enviado à AFP a prisão de Abu Agila Mohamad Massoud e "uma audiência" perante um juiz da capital federal, sem especificar a data.

LEIA MAIS: EUA e Reino Unido lembram 25 anos do atentado de Lockerbie

"As famílias das vítimas do atentado a Lockerbie foram informadas de que o suspeito Abu Agila Mohamad Massoud está sob custódia americana", declarou, por sua vez, a Promotoria escocesa em comunicado.

O atentado, ocorrido em 21 de dezembro em um avião que realizava o trajeto entre Londres e Nova York, matou todos as 259 pessoas a bordo e mais 11 pessoas em terra na cidade escocesa de Lockerbie.

O avião era um Boeing 747 da Pan Am.

Apenas uma pessoa foi condenada pelo ataque, o líbio Abdelbaset Ali Mohamed al-Megrahi, que morreu em 2012.

Em dezembro de 2020, a Justiça americana anunciou que procurava por Abu Agila Mohamad Massoud, um antigo membro dos serviços de inteligência do ex-presidente líbio Muammar Khaddafi, suspeito de ter fabricado e programado a bomba. Massoud estava detido na Líbia na época.

O atentado de Lockerbie foi o ataque mais mortal cometido no Reino Unido.

O regime líbio reconheceu oficialmente sua responsabilidade pelo atentado em 2003 e pagou 2,7 bilhões de dólares em indenizações aos familiares das vítimas.

A investigação foi reaberta em 2016 quando a Justiça americana soube que Massoud havia sido preso após a queda de Khaddafi e teria confessado aos serviços de inteligência do novo governo líbio em 2012.

Não se sabe quando e como Massoud foi entregue às autoridades americanas.

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