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Após 25 anos de independência, Geórgia quer entrar na Otan

A Geórgia espera que o regime de vistos com a UE seja liberalizado este ano, o que permitirá "passar a um novo nível das relações" com os outros países


	Soldado georgiano: "A prioridade da Geórgia no âmbito da segurança é a integração na Europa"
 (Vano Shlamov/AFP)

Soldado georgiano: "A prioridade da Geórgia no âmbito da segurança é a integração na Europa" (Vano Shlamov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 11h22.

Tbilisi - O objetivo estratégico da Geórgia no 25º aniversário de sua independência da União Soviética é a entrada na Otan e a aproximação da União Europeia, destacou nesta quarta-feira o presidente georgiano, Giorgi Margvelashvili, em sua mensagem anual à nação.

"A prioridade da Geórgia no âmbito da segurança é a integração na Europa. Fazemos uso de todos os instrumentos que nos oferece a Otan para garantir nossa segurança e continuaremos com os esforços para entrar na Aliança Atlântica. É nosso objetivo estratégico", disse Margvelashvili no parlamento.

Ele lembrou que a cooperação entre Tbilisi e a Otan, reforçada na cúpula que celebrou em 2014 a Aliança no País de Gales (Reino Unido), avança segundo o previsto.

"Ano passado abrimos na Geórgia um centro de instrução da Otan, onde são realizadas manobras internacionais e já sendo instalados os sistemas de defesa antiaérea comprados na França", afirmou o líder georgiano.

A Geórgia, acrescentou, espera que o regime de vistos com a UE seja liberalizado este ano, o que permitirá "passar a um novo nível das relações" com os 28 países-membros da União Europeia.

"Nosso país se transformará em uma potência regional, fiador da estabilidade na região. A estabilidade na Europa inclui uma Geórgia e um Cáucaso estáveis. Não somos convidados, mas membros de pleno direito da família europeia", ressaltou Margvelashvili.

O líder georgiano também se referiu às relações de seu país com a Rússia, protagonistas de uma guerra em agosto de 2008, e acusou Moscou de "ocupar" as repúblicas separatistas da Abkhazia e da Ossétia do Sul.

Margvelashvili garantiu que a Geórgia não retrocederá "nem por um segundo em sua política externa", dirigida a recuperar a soberania sobre esses dois territórios autoproclamados independentes.

A Geórgia rompeu relações diplomáticas com a Rússia em agosto de 2008 após o reconhecimento por Moscou da independência das regiões separatistas georgianas, que se seguiu à derrota de Tbilisi na guerra russo-georgiana de cinco dias.

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