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Apoio espanhol ao Estado palestino afasta paz, diz Israel

Israel criticou decisão de congresso espanhol, que aprovou proposição de lei para que o governo reconheça o Estado palestino


	Manifestante carrega bandeira da Palestina
 (Abbas Momani/AFP)

Manifestante carrega bandeira da Palestina (Abbas Momani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 13h12.

Jerusalém - Israel criticou nesta quarta-feira a decisão do Congresso dos Deputados da Espanha, que aprovou ontem uma proposição de lei para que o governo reconheça o Estado da Palestina, e afirmou que a decisão afasta as oportunidades para a paz.

"A declaração do parlamento espanhol apenas deixa mais longe as possibilidades de se conseguir um acordo entre Israel e os palestinos porque encoraja os palestinos a tomarem posições extremistas", afirmou hoje em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores israelense.

Israel afirmou hoje, como fez antes da votação, que este tipo de ação, estimulada pela decisão sueca de reconhecer oficialmente a Palestina como Estado e a aprovação simbólica das câmaras britânica e irlandesa, não contribui para o retorno à mesa de negociação.

"Melhor teria sido se o parlamento espanhol considerasse oportuno denunciar o abominável massacre levado a cabo por palestinos que foram incitados", disse a nota em referência ao ataque praticado ontem por dois palestinos em uma sinagoga de Jerusalém e que causou a morte de cinco israelenses.

Praticamente todos os grupos parlamentares espanhóis aprovaram a emenda como salvaguarda da solução de dois Estados, e destacaram que o reconhecimento "deve ser consequência" de um processo de negociação entre as partes que garanta a paz, a segurança e o respeito aos direitos dos cidadãos e à estabilidade regional.

A Autoridade Nacional Palestina comemorou hoje a notícia e afirmou que se trata de "um importante passo", segundo o porta-voz da organização, Ihab Basaiso.

De acordo com o funcionário, a decisão "é um indicador de como a comunidade internacional leva a sério a busca de uma solução para o conflito palestino".

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