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Apesar de toque de recolher, sírios celebram nas ruas a queda de Assad

Mais cedo, a coligação rebelde islâmica que hoje assumiu o controle de Damasco anunciou um toque de recolher obrigatório de 13 horas na capital síria

Um apoiador da oposição síria residente na França segura um cartaz com os dizeres "Finalmente" durante as celebrações da tomada rebelde de Damasco, na Place de la Republique, Paris, França, 08 de dezembro de 2024. ( EFE/EPA/Mohammed Badra)

Um apoiador da oposição síria residente na França segura um cartaz com os dizeres "Finalmente" durante as celebrações da tomada rebelde de Damasco, na Place de la Republique, Paris, França, 08 de dezembro de 2024. ( EFE/EPA/Mohammed Badra)

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Agência de Notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 13h40.

Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 08h58.

Milhares de pessoas saíram neste domingo às ruas da grande maioria das províncias da Síria, e também em Damasco, após os rebeldes islâmicos tomarem a capital do país e a declararem "livre" do presidente Bashar al-Assad.

Meios de comunicação árabes, como o canal de televisão privado catari "Al Jazeera", transmitiram imagens de grandes concentrações de pessoas na Praça Umayyad, no centro de Damasco, e de cidadãos imortalizando com seus celulares o clima de alegria na capital síria após a queda de Assad.

Estas celebrações ocorreram em paralelo com muitas outras na grande maioria das províncias do país, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que constatou que milhares de pessoas saíram às ruas de Tartus, Latakia, Baniyas, Homs, Aleppo, Idlib, Deir al Zur e Al Hasakah.

As celebrações também se estenderam às “cidades habitadas em sua maioria por cidadãos da comunidade alawi”, a minoria religiosa a que pertence Assad, após “a queda do regime” da família do presidente, no poder na Síria há quase 54 anos.

Em Tartus e Latakia, “milhares de pessoas saíram às ruas para expressar a sua alegria e destruíram as estátuas de Hafez al-Assad”, o pai do presidente falecido em 2000.

O OSDH observou que após a derrubada de Assad os rebeldes abriram as portas de "prisões e centros de detenção", como a infame prisão de Saydnaya, cerca de 30 quilômetros de Damasco, e outras em Adra e Homs, de onde "foram libertados milhares de prisioneiros".

Toque de recolher em Damasco

Isso acontece apesar da coligação rebelde islâmica liderada pela Organização para a Libertação do Levante, que hoje assumiu o controle de Damasco, ter anunciado um toque de recolher obrigatório de 13 horas na capital síria.

“O Comando de Operações Militares anuncia toque de recolher na cidade de Damasco das 4 da tarde às 5 da manhã”, segundo um breve comunicado dos rebeldes.

Esta é uma das primeiras medidas tomadas pelos rebeldes na capital, depois de terem pedido respeito à propriedade pública e privada, bem como não houvesse disparos.

Os insurgentes declararam hoje Damasco “livre” de Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva lançada por uma coligação liderada pela Organização para a Libertação do Levante, juntamente com outras facções apoiadas pela Turquia, para derrubar o governo sírio.

Precisamente, o primeiro-ministro sírio, Mohammad Ghazi al-Jalali, disse hoje que estende a mão a “todos os sírios que estão interessados ​​neste país para preservar suas instituições”.

Os rebeldes disseram pouco depois que as instituições públicas na Síria permanecerão sob a supervisão de Al Jalali até serem "oficialmente entregues".

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