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Apesar de tensões por Khashoggi, Trump cumprimenta príncipe saudita no G20

Encontro teria causado mal estar no Congresso dos EUA devido a polêmica pelo assassinato do jornalista Khashoggi, em outubro deste ano

Questionado, Trump afirmou que ele e o príncipe saudita não falaram sobre nada importante (Marcos Brindicci/Reuters)

Questionado, Trump afirmou que ele e o príncipe saudita não falaram sobre nada importante (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 30 de novembro de 2018 às 21h27.

Buenos Aires - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprimentou brevemente nesta sexta-feira em Buenos Aires o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, uma semana depois de por encerrada a resposta de Washington ao polêmico caso do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.

A breve conversa entre Trump e Bin Salman aconteceu durante a parte fechada para a imprensa da sessão plenária da Cúpula do G20, que reúne hoje e amanhã em Buenos Aires o grupo das 20 maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo.

"Ambos trocaram alguns comentários gentis na sessão de líderes, como (Trump) fez com quase todos os outros líderes presentes", explicou aos jornalistas um funcionário do alto escalão da Casa Branca, que pediu anonimato.

Perguntado a respeito, Trump afirmou que ele e o príncipe saudita não falaram sobre nada importante.

"Não tivemos nenhuma discussão. Poderíamos, mas não tivemos nenhuma", disse o presidente americano à imprensa durante um encontro trilateral com os primeiros-ministros de Japão, Shinzo Abe, e Índia, Narendra Modi.

Trump afirmou na semana passada que teria um encontro bilateral com Bin Salman se ambos estivessem na Cúpula do G20, mas a Casa Branca decidiu não programar essa reunião por supostos problemas de agenda.

Embora Bin Salman tenha confirmado presença na reunião, o assessor de segurança nacional de Trump, John Bolton, confirmou hoje que não haverá um encontro bilateral entre ambos.

Esse encontro teria causado mal estar no Congresso dos EUA, onde continua muito viva a polêmica pelo assassinato de Khashoggi em outubro, supostamente cometido por um grupo de agentes sauditas, entre eles alguns próximos ao príncipe herdeiro.

Trump emitiu na semana passada um longo comunicado no qual minimizou a importância do possível envolvimento de Bin Salman na morte do jornalista, e negava ter planos de tomar mais medidas punitivas contra Riad pelo caso.

O presidente americano afirmou que "pode ser que nunca" se saibam "todos os fatos em torno do assassinato de Jamal Khashoggi" e argumentou que, esteja Bin Salman envolvido ou não, a relação bilateral é importante demais para punir mais duramente a Arábia Saudita.

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