A secretária de Estado Hillary Clinton vem ao Brasil para a Rio+20 (Mark Wilson/ Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2012 às 15h32.
Washington - Os Estados Unidos consideram a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 uma 'prioridade' apesar da ausência do presidente Barack Obama, segundo afirmou o enviado especial para a mudança climática do país, Todd Stern.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, será a encarregada de liderar a delegação americana na Cúpula da ONU que será realizada nos dias 20, 21 e 22 de junho na capital carioca, e que já tem confirmadas outras ausências destacadas, como as do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e da chanceler alemã, Angela Merkel.
'Não tenho nenhum comentário especial em relação ao presidente Obama', disse Stern em uma conferência telefônica com jornalistas, segundo informou neste sábado o Departamento de Estado.
'A secretária de Estado viajará (ao Brasil). Há muitos países que estarão representados em nível de chefes de Estado e outros muitos que estão representados em um nível de altos funcionários comparável com a secretária de Estado', acrescentou o enviado especial de EUA, que também estará na conferência.
Stern assegurou que tanto Obama como Hillary transformaram o desenvolvimento em um 'assunto principal', em 'um dos três pilares da política externa e de segurança nacional, ao lado da defesa e da diplomacia', e lembrou que os EUA são o principal doador de ajuda ao desenvolvimento no mundo.
'Acredito que vemos a Rio+20 como uma tentativa de catalisar uma atenção renovada e de alto nível no desenvolvimento sustentável por parte de todos os países do mundo, assim como de empresários, pesquisadores e sociedade civil, a fim de esporear ações concretas no futuro', explicou.
O desenvolvimento sustentável é 'o único tipo de desenvolvimento' possível no século 21, devido à 'inevitável pressão sobre os recursos de todo tipo no mundo', considerou o funcionário.
Stern previu que o texto final da conferência será 'bastante longo', porque ainda há 'discussões muito vivas sobre temas institucionais, como o possível fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)'.
Os países europeus querem transformar o Pnuma em uma agência especializada, uma proposta que se choca com a oposição das nações em desenvolvimento - por enquanto, os EUA não se pronunciaram sobre essa questão. EFE