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Apartamento onde paciente com ebola adoeceu é descontaminado

Apartamento no Texas era ocupado pelo liberiano Thomas Eric Duncan, a primeira pessoa diagnosticada com a doença nos Estados Unidos

Trailer de descontaminação chega ao complexo de apartamentos em Dallas, onde o liberiano com ebola esteve antes de ser internado (Jon Herskovitz/Reuters)

Trailer de descontaminação chega ao complexo de apartamentos em Dallas, onde o liberiano com ebola esteve antes de ser internado (Jon Herskovitz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 16h13.

Dallas - O apartamento da cidade norte-americana de Dallas onde a primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos vinha morando começou a ser descontaminado nesta sexta-feira, informaram agentes de saúde, cinco dias depois que o homem foi internado.

Quatro pessoas próximas do paciente, o liberiano Thomas Eric Duncan, “permanecerão no apartamento e é um ambiente seguro para elas”, declarou o condado de Dallas em um comunicado.

Lençóis e outros itens usados pelo homem infectado foram lacrados em sacos plásticos, mas a demora na limpeza do local levou a questionamentos, já que o diagnóstico foi confirmado apenas no domingo.

O condado disse ter contratado um empresa privada para descontaminar o apartamento na região nordeste da cidade e que a limpeza levará três horas.

“A equipe contratada irá começar a limpeza inicial, colocar os materiais em embalagens seguras e... um veículo irá transportar os materiais para uma localidade segura”, afirmou a declaração.

Autoridades de saúde dos EUA disseram acreditar que podem evitar a disseminação do vírus do ebola no país depois que o primeiro caso foi diagnosticado nesta semana.

“(O Ebola) está contido”, disse Zachary Thomas, diretor dos Serviços Humanos e de Saúde do Condado de Dallas, à rede de televisão CNN nesta sexta-feira.

O caso deixou as autoridades e a população em alerta por conta dos temores de que o vírus possa se propagar a partir da Libéria, da Guiné e de Serra Leoa, países pobres do oeste africano onde a doença já matou pelo menos 3.338 pessoas.

Ainda nesta sexta-feira, o hospital da Universidade Howard, em Washington, disse ter internado e isolado, “por excesso de zelo”, um paciente com possíveis sintomas do ebola que viajou recentemente à Nigéria. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirma que os surtos na Nigéria e no Senegal parecem ter sido contidos.

Na quarta-feira, uma autoridade do governo disse que os EUA ainda levarão dias para resolver a questão crítica de como os hospitais devem manusear e dispor dos resíduos médicos de pacientes com ebola.

A maioria dos hospitais norte-americanos não está equipada com incineradores ou grandes esterilizadores, ou autoclaves, que possam acomodar a grande quantidade de lençóis sujos, seringas e vestimenta de proteção contaminadas com o vírus utilizados no tratamento de pacientes com ebola, afirmou o presidente da Sociedade de Doenças Infecciosas do Comitê de Saúde Pública da América.

Um porta-voz do CDC disse que o Departamento de Transporte dos EUA deve divulgar novas diretrizes para o descarte de resíduos do ebola nesta sexta-feira.

A emissora NBC News revelou na quinta-feira que um dos seus cinegrafistas freelancers, Ashoka Mukpo, de 33 anos, contraiu o ebola na Libéria, o quinto norte-americano a ser diagnosticado. O canal disse que ele se colocou em quarentena depois de se sentir mal e descobrir que estava com febre.

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