O consumo total de energia elétrica no país foi de 35.357 gigawatts-hora (Caio Coronel/Ag. Itaipu)
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2011 às 16h02.
São Paulo - A desaceleração do consumo industrial de energia, principalmente na região Nordeste, fez com o consumo total no Brasil em fevereiro perdesse força frente aos meses anteriores, mostraram dados divulgados nesta quarta-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
No mês passado, o consumo total de energia elétrica no país foi de 35.357 gigawatts-hora (GWh), o que significa avanço de 4 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Em janeiro, o crescimento tinha sido de 6,5 por cento, também na comparação anual.
No acumulado do ano, o consumo avançou 5,1 por cento ante o primeiro bimestre de 2010.
O consumo industrial, segundo a EPE, cresceu 1,8 por cento em fevereiro ante o mesmo período do ano anterior, para 14.628 GWh.
Apesar da alta, o volume de energia nas indústrias em todo o país foi o menor desde dezembro de 2009. Isso é explicado pela queda de 8,9 por cento no consumo por esse segmento no Nordeste devido ao fechamento de uma fábrica de alumínio na Bahia e pelo apagão que atingiu toda a região, exceto Maranhão, na madrugada de 4 de fevereiro.
"Excluídos das estatísticas os dados da Bahia e de Alagoas, o consumo industrial no país cresceu 3,8 por cento, taxa compatível com o crescimento setorial no longo prazo", segundo a EPE.
Um defeito no cartão de proteção da subestação de Luiz Gonzaga, em Pernambuco, da Chesf, iniciou o apagão que atingiu oito Estados no Nordeste.
Consumo residencial avança
O consumo residencial de energia, por sua vez, totalizou 9.427 GWh em fevereiro, alta de 5,5 por cento ante o mesmo mês de 2010, e com crescimento de 6 por cento no primeiro bimestre.
"Em cada unidade de consumo, o gasto médio mensal com energia esteve em torno de 155 quilowatts-hora (kWh), um incremento de 2 por cento em relação ao mesmo período de 2010", afirmou a EPE.
O consumo comercial, por sua vez, subiu 7,9 por cento em fevereiro ante igual mês de 2010 e 7,4 por cento no acumulado de janeiro e fevereiro.