Membros da Irmandade Muçulmana e apoiadore do presidente deposto do Egito, Mohamed Mursi, gritam palavras de ordem em protesto contra os militares, próximo à praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2013 às 19h15.
Cairo - Pelo menos quatro pessoas morreram em confrontos nesta sexta-feira, enquanto apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi realizaram sua marcha mais ousada desde que tropas do Exército arrasaram seus acampamentos em agosto deste ano.
Um veículo do Exército egípcio abriu fogo na direção de manifestantes da Irmandade Muçulmana, que haviam se dispersado pelas forças de segurança quando tentaram entrar na Praça Tahrir, no Cairo, o coração simbólico da Primavera Árabe, ocorrida em 2011.
Quatro pessoas foram mortas nos conflitos ocorridos em dois bairros da cidade, disse um porta-voz do ministro do Interior, em uma reportagem do jornal estatal Al-Ahram, nesta sexta-feira. Todos mortos eram apoiadores da Irmandade, afirmaram fontes de segurança.
A Irmandade ganhou as eleições após a revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, mas se tornou profundamente impopular durante o mandato de Mohamad Mursi.
Mursi foi acusado de tentar se benificar do poder e entricheirar a Irmandade - alegações que ele nega.
O Egito foi dominado por uma turbulência política e econômica depois que o chefe do Exército, o general Abdel Fattah al-Sisi, derrubou Mursi, o primeiro presidente eleito do país, após uma onda de protestos contra o seu governo.