Agência de notícias
Publicado em 15 de julho de 2024 às 12h29.
Última atualização em 15 de julho de 2024 às 12h32.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse ao jornalista americano Bret Baier, apresentador da rede conservadora Fox News, que anunciará sua escolha para vice-presidente nesta segunda-feira, encerrando meses de especulação. O candidato republicano tem sido bastante discreto sobre seu potencial companheiro de chapa. Nos últimos meses ele se limitou a dizer, também à Fox News, que seria "um grande vice-presidente".
Na mesma ocasião, Trump disse que era necessário ser "alguém que nos ajude a vencer", ou seja, um nome que o ajude a ampliar sua base de eleitores. Ao mesmo tempo, o republicano deseja "alguém capaz de realizar um excelente trabalho como presidente". Veja, abaixo, quais os nomes mais cotados:
Trump gosta do perfil de Tim Scott, um senador afro-americano de 50 anos da Carolina do Sul. O ex-presidente republicano não para de elogiar a lealdade deste antigo aspirante à Casa Branca. Com Scott como braço direito, Trump poderia tentar conquistar os eleitores negros, que preferiram majoritariamente Biden nas eleições de 2020. Seus detratores, contudo, criticam o senador por sua falta de magnetismo, sobretudo durante os debates.
O governador da Dakota do Norte, Doug Burgum, é um desconhecido para o público em geral. Mas isso é precisamente o que pode atrair Trump, que não está acostumado a ter seus subordinados o ofuscando.
Este sexagenário fez fortuna como chefe de uma empresa de software, que vendeu para a Microsoft por mais de um bilhão de dólares. Depois, ele se candidatou a governador de um dos estados menos populosos do país, junto ao Monte Rushmore, onde estão esculpidos em granito os rostos de quatro ex-presidentes dos Estados Unidos.
Como governador, Burgum promulgou uma das leis antiaborto mais rigorosas do país, uma decisão que pode se voltar contra ele nesta campanha presidencial em que o tema da interrupção voluntária da gravidez é muito delicado.
J.D. Vance, de 39 anos, não era fã de Trump desde o início, algo que o ex-presidente não perdoa. Mas isso não significa que ele será excluído da lista. Este ex-militar e senador por Ohio, conhecido por ter publicado um livro de sucesso sobre a classe trabalhadora branca dos Estados Unidos, acabou de entrar na política, mas seu perfil já desperta interesse nos círculos republicanos.
Chama atenção principalmente sua capacidade de arrecadar grandes somas de dinheiro para seu partido. Algo importante em um país onde as vitórias políticas são conquistadas à base de bilhões de dólares.
A relação entre Trump e Marco Rubio foi tensa no passado. Nas primárias republicanas de 2016, o senador da Flórida zombou do magnata imobiliário. Desde então, porém, ambos parecem ter deixado a rixa para trás.
Trump sabe que pode tirar proveito do perfil deste senador de 52 anos, muito envolvido em temas geopolíticos e que poderia lhe dar um valioso apoio entre os eleitores hispânicos. Mas um setor da direita, mais duro, nunca perdoou sua proposta de reforma migratória, apresentada há mais de dez anos.
Também circulam os nomes da congressista Elise Stefanik, de Nova York, do ex-ministro de Habitação Ben Carson e do senador Tom Cotton, mas suas chances parecem limitadas no momento. Assim como as chances do empresário Vivek Ramaswamy, do congressista Byron Donalds e da ex-apresentadora de televisão Kari Lake.
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