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Anúncio de governo de união palestina é adiado

Decisão ocorreu após os movimentos Fatah e Hamas não conseguirem chegar a um acordo sobre um primeiro-ministro

O Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem apoio do Ocidente, nomeou para o cargo Salam Fayyad (Said Khatib/AFP)

O Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem apoio do Ocidente, nomeou para o cargo Salam Fayyad (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2011 às 14h54.

Ramallah - Um anúncio planejado para terça-feira de um novo governo de união palestino foi adiado após os movimentos Fatah e Hamas não conseguirem chegar a um acordo sobre um primeiro-ministro, disseram autoridades do Fatah no domingo.

O Fatah, liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, que tem apoio do Ocidente, nomeou para o cargo Salam Fayyad, ex-economista do Banco Mundial respeitado internacionalmente e que atualmente dirige o governo palestino na Cisjordânia.

O Hamas, movimento islâmico que tomou a Faixa de Gaza das forças do Fatah em 2007, rejeitou Fayyad, um independente, acusando-o de colaborar com Israel em um bloqueio ao território.

"Pedimos a nossos irmãos e à liderança egípcia para adiar a reunião por vários dias," disse Azzam al-Ahmed, chefe da delegação do Fatah para as negociações no Cairo, citando a movimentada agenda de Abbas.

"Vamos chamá-los dentro de alguns dias para definir uma data para uma nova reunião, e esperamos que a próxima sessão seja bem sucedida," disse ele à Reuters.

Outros funcionários do Fatah, que pediram para não ser identificados devido à sensibilidade da questão, atribuíram o atraso à discussão sobre a nomeação de Fayyad.

Questionado sobre se a reunião tinha sido adiada, um porta-voz do Hamas em Gaza disse que o grupo estava aguardando uma notificação formal de um atraso dos egípcios.

Na semana passada, autoridades palestinas disseram que Abbas e o líder do Hamas, Khaled Meshaal, se reuniriam no Cairo na terça-feira para revelar o novo governo.

Sob um acordo de reconciliação alcançado em abril, as facções rivais concordaram em formar um governo de tecnocratas, composto por ministros sem filiações partidárias.

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