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Anúncio da composição do governo da França é adiado para quarta

Adiamento foi feito para que haja tempo para uma "verificação" das situações fiscais e de eventuais conflitos de interesses dos futuros ministros

Emmanuel Macron: decisão foi tomada como parte de um "compromisso de moralizar a vida pública" (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Emmanuel Macron: decisão foi tomada como parte de um "compromisso de moralizar a vida pública" (Gonzalo Fuentes/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de maio de 2017 às 11h04.

Última atualização em 16 de maio de 2017 às 11h15.

O presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro Edouard Philippe adiaram para quarta-feira a apresentação do gabinete, para realizar a "verificação" das situações fiscais e eventuais conflitos de interesses dos futuros ministros, anunciou o Palácio do Eliseu.

"De acordo com seu compromisso de moralizar a vida pública, Macron decidiu introduzir um tempo de verificação da situação fiscal das pessoas que poderiam entrar no governo, assim como de potenciais conflitos de interesse", afirma o comunicado da presidência.

O primeiro Conselho de Ministros do novo governo acontecerá na quinta-feira, e não na quarta-feira, de acordo com o Palácio.

Durante a campanha presidencial, Macron prometeu que apresentaria um projeto de lei de moralização da vida política no Parlamento "antes das legislativas", que acontecerão nos dias 11 e 18 de junho.

O texto incluirá uma "proibição de nepotismo para os deputados, que não poderão contratar nenhum membro de sua família", uma clara alusão ao escândalo de empregos fictícios que afundou a campanha do candidato da direita François Fillon na eleição presidencial.

A candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, derrotada no segundo turno por Macron, também está envolvida em um caso de empregos fantasmas no Parlamento Europeu e em outro de financiamento ilegal de campanha.

Durante o mandato do presidente socialista François Hollande, cinco ministros foram obrigados a pedir demissão após revelações comprometedoras. O maior escândalo aconteceu no início de 2013, quando o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac, renunciou depois que foi divulgado que havia cometido fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Em dezembro, a justiça o condenou a três anos de prisão por este caso.

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