Ativista pró GLST: sob o lema 'Love-United', a terceira edição dos 'Jogos Olímpicos gays' reuniu cerca de cinco mil esportistas (Andrew Harrer / Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2013 às 15h19.
Antuérpia - Milhares de atletas gays, lésbicas, bissexuais e transexuais participaram nos últimos dias do WorldOutgames, realizados na Antuérpia, onde o importante não era vencer, mas contribuir à aceitação desta comunidade no mundo do esporte.
Sob o lema 'Love-United', a terceira edição internacional dos 'Jogos Olímpicos gays' reuniu desde o último dia 31 de julho cerca de cinco mil esportistas de países tão diversos como Austrália, Espanha, Estados Unidos, Camarões, Japão, Rússia e México.
Após Montreal em 2006 e Copenhague em 2009, a sede escolhida foi a cidade belga da Antuérpia, atual Capital Europeia do Esporte e que demonstrou seu espírito liberal até o encerramento da competição neste domingo.
O evento combinou competições em 32 modalidades, além de conferências e seminários centrados nos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros) e eventos culturais e festivos.
'Nossa meta é que qualquer pessoa possa conviver e competir com outras sem ter medo de mostrar quem é', afirmou à Agencia Efe o presidente do conselho de organização, Bart Abeel.
'O esporte de alto nível é ainda um mundo no qual ser gay não é nada fácil, e em categorias como o futebol há muita homofobia', denunciou Abeel.
Além do futebol, o WorldOutgames promoveu competições de natação, vôlei, luta olímpica, badminton, dança entre casais do mesmo sexo, maratona e meia maratona.
A cerimônia de encerramento neste domingo coincidiu com a Antuérpia Pride, festa do orgulho gay da cidade que reuniu mais de 200 mil pessoas.
'Os WorldOutgames não seriam necessários em um mundo ideal', declarou o responsável da organização, que destacou o 'privilégio que representa viver em países como Holanda, Bélgica e Espanha', pioneiros no reconhecimento de direitos dos homossexuais.
'Mas enquanto as pessoas continuarem sofrendo e lutando de forma dramática pelo fato de serem diferentes em lugares como África, Oriente Médio e Rússia, organizar os WorldOutGames faz muito sentido', concluiu Abeel.