Imigrantes :2.551 menores de idade que foram separados dos pais neste ano em consequência da política de "tolerância zero" de Trump (LIBRE BY NEXUS/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de julho de 2018 às 20h55.
Última atualização em 26 de julho de 2018 às 21h14.
San Diego - O governo dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira que devolveu aos pais mais de 1,8 mil crianças separadas na fronteira com o México, horas antes do fim de um prazo estabelecido por um juiz federal americano.
Os advogados do governo apresentaram no tribunal de San Diego, na Califórnia, um relatório no qual afirmam que devolveram 1.442 menores aos pais que seguem em centros de detenção. Outras 378 foram libertadas em "circunstâncias apropriadas" e entregues aos pais ou familiares que não estavam sob custódia federal.
No documento, o governo também reduziu para 711 número de crianças não elegíveis para o procedimento. Entre elas estão 431 filhos de pais que já não estão no país e outras 120 cujos progenitores renunciaram ao direito da reunificação familiar.
No grupo de não elegíveis estão também 67 crianças que os pais representam um risco por seus antecedentes penais. Outras 94 ainda esperam que o governo localizem seus familiares.
Os advogados ainda afirmam que os números devem mudar até a meia-noite de hoje, prazo dado pela Justiça para que as crianças separadas na fronteira fossem devolvidas aos pais.
"O plano de reunificação apresentado ao tribunal está avançando. Espera-se que resulte na reunificação de todos os membros do processo coletivo que são elegíveis para a reunificação", diz o texto do relatório.
Atendendo a um pedido da União Americana de Liberdades Civis (ACLU), o juiz Dana Sabraw, de San Diego, ordenou que o governo americano entregasse antes de sexta-feira os 2.551 menores de idade que foram separados dos pais neste ano em consequência da política de "tolerância zero" à imigração ilegal.
O governo reduziu a lista para 1.634 crianças, que são os considerados como "elegíveis" para o reagrupamento familiar.
O número foi superado, como mostra o documento apresentado hoje, mas a ACLU afirma que ainda há centenas de famílias separadas por causa da política adotada pelo governo americano.