Mundo

Antecipação da "Black Friday" divide opiniões nos EUA

Redes como Target e Toys R Us anteciparam a abertura de suas lojas para a noite de quinta-feira, o que agradou alguns consumidores


	Antecipação atraiu clientes que não cogitavam enfrentar as multidões na sexta-feira
 (Jonathan Alcorn/Reuters)

Antecipação atraiu clientes que não cogitavam enfrentar as multidões na sexta-feira (Jonathan Alcorn/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 08h32.

Nova York/Chicago - O frenesi consumista nos EUA conhecido como "Black Friday" começou desta vez em um horário mais civilizado, já que redes como Target e Toys R Us anteciparam a abertura de suas lojas para a noite de quinta-feira, o que agradou alguns consumidores.

Em outros anos, multidões se acotovelavam atrás de promoções pouco antes da meia-noite, ou no meio da madrugada. Alguns funcionários de lojas e tradicionalistas, no entanto, queixaram-se de que a antecipação afasta as famílias da celebração do Dia de Ação de Graças.

A "Black Friday" (Sexta-feira Negra") é considerada extraoficialmente o começo da temporada natalina no comércio, e a antecipação foi a estratégia adotada por alguns lojistas na disputa por uma clientela cujos gastos devem crescer menos neste ano do que em 2011.

As lojas de desconto da rede Wal-Mart, que desde 1988 já abrem no Dia de Ação de Graças, ofereceram algumas ofertas já a partir das 20h, e colocaram em promoção produtos eletrônicos, como iPads, a partir das 22h.

A Target antecipou sua abertura da meia-noite para as 21h, e a Toys R Us abriu às 20h.

A antecipação atraiu clientes que não cogitavam enfrentar as multidões na sexta-feira, segundo observações de Jason Buechel, executivo da Accenture's Retail Practice, ao percorrer shoppings centers. O clima ameno também estimulou os consumidores a saírem de casa.


"Acho que mais cedo é melhor. As pessoas ficam mais loucas depois da meia-noite. E eu fico cansada à meia-noite", disse Renée Ruhl, de 52 anos, que saía às 21h30 de uma loja Target em Orlando (Flórida) com um jogo.

Na movimentada unidade da Target na avenida Elston, em Chicago, uma das mais movimentadas da rede, o chefe de vendas Lee Crum comentou que as pessoas estavam tendendo a passar mais tempo na loja.

"Esse é o pessoa que está fazendo compras de Natal, dá para ver que é um evento familiar", disse ele. "À meia-noite era uma só pessoa, vindo por causa de um item." O varejo dos EUA aposta muito nesta época de fim de ano, que responde por até um terço do seu faturamento anual.

A Federação Nacional do Varejo previu um aumento de 4,1 por cento no faturamento em novembro e dezembro deste ano, abaixo da alta de 5,6 por cento no ano passado.

Em outra pesquisa, a entidade apontou que 147 milhões de norte-americanos pretendem fazer compras entre esta sexta-feira e o domingo. No ano passado, 152 milhões tinham essa intenção. A pesquisa não indicou quantos consumidores pretendiam chegar às lojas já na quinta-feira.

De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos, dois terços dos consumidores pretendem gastar o mesmo que no ano passado, ou não calcularam o quanto pretendem gastar. Onze por cento pretendem gastar mais, e 21 por cento querem gastar menos.

Acompanhe tudo sobre:Black FridayEstados Unidos (EUA)LiquidaçõesPaíses ricosPromoções

Mais de Mundo

Macron afirma a Milei que França não assinará acordo entre UE e Mercosul

Sánchez apoiará Lula no G20 por um imposto global sobre grandes fortunas

Biden autoriza Ucrânia a usar armas dos EUA para atacar Rússia, diz agência

Porta-voz do Hezbollah é morto em ataque israelense em Beirute