Transocean: segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, se a Transocean for cassada, o desenvolvimento do pré-sal será comprometido (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2012 às 20h54.
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entrou com recurso na corte especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para garantir que a Transocean e a Chevron continuem operando no Brasil. Liminar do Ministério Público pediu a suspensão da atividade das duas empresas, a primeira é operadora de sondas utilizadas na exploração e produção de petróleo e gás e a segunda concessionária para a exploração de óleo e gás. Ambas são apontadas pelo MP como responsáveis pelo vazamento de óleo no campo de Frade, na bacia de Campos. Porém, a ANP reconhece apenas a Chevron como responsável pelo acidente.
Segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, se a Transocean for cassada, o desenvolvimento do pré-sal será comprometido. Isso porque das 78 sondas de perfuração operadas em blocos no Brasil, dez são da Transocean. "O que aflige a agência é que não foi identificado problema na atuação da Transocean, uma das maiores fornecedoras de sonda no mundo", argumentou Magda.
A diretora-geral da ANP ressaltou que a Transocean é uma das poucas empresas a operar sondas que atuam em lâminas d'água superior a 2,1 mil metros e lembrou que o País já viveu um apagão de sondas há alguns anos, uma preocupação que volta rondar o setor. "Agora o Golfo do México já voltou e um grande número de países está operando em águas profundas no exterior", afirmou.
O recurso da agência no STJ inclui a Chevron para que a petroleira possa continuar o trabalho de limpeza no campo de Frade, já que há um resquício de óleo vazando das rochas.