Segundo a ONG SkyTruth foram derramados cerca de 15.000 barris de petróleo (AFP/AgenciaPetróleo/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 20h32.
São Paulo - Os problemas da Chevron -- e os indícios de que a empresa agiu de forma ilegal no Campo do Frade, onde foi registrado o vazamento de óleo no mês passado -- aumentam à medida que avançam as investigações. Nesta quinta-feira, a diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriad, acusou a Chevron de omitir a informação de que, em um dos poços do Campo do Frade, há a presença de gás sulfídrico (H2S). A substância é altamente tóxica.
Segundo a ANP, o gás foi encontrado em uma verificação feita por técnicos da agência em 22 de novembro. Segundo Magda, apesar de os técnicos terem constatado a presença do gás, há também a certeza de que não houve vazamento da substância. Segundo ela, caso o gás sulfídrico tivesse vazado, haveria provavelmente alguma morte no Campo do Frade.
A omissão do dado sobre presença do gás rendeu à Chevron mais uma autuação. O poço em questão foi interditado.
Proibição – Desde o vazamento de cerca de 2.500 barris de petróleo na Bacia de Campos, a Chevron está proibida de furar novos poços no Brasil, por determinação da ANP. No último dia 24, a agência determinou a suspensão das atividades de perfuração no Campo de Frade “até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança na área”.
A ANP também rejeitou pedido da concessionária para uma nova perfuração no Campo de Frade, com o objetivo de atingir o pré-sal. “A Diretoria entende que a perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade”, diz a nota divulgada pela agência.