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Aniversário de golpe no Chile termina com policiais feridos

Enfrentamentos, barricadas e 6 policiais feridos são o saldo dos distúrbios registrados em Santiago, em mais um aniversário do golpe de Estado de 1973

Manifestantes durante ação violenta no aniversário do golpe de Estado no Chile (Eliseo Fernandez/Reuters)

Manifestantes durante ação violenta no aniversário do golpe de Estado no Chile (Eliseo Fernandez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 09h52.

Santiago - Enfrentamentos com a polícia, barricadas e seis agentes feridos são o balanço provisório dos distúrbios registrados em diferentes pontos da capital chilena a meia-noite desta quinta-feira, em mais um aniversário do golpe de Estado de 1973.

Além disso, uma dezena de municípios da região metropolitana do Grande Santiago sofreram cortes de energia elétrica em consequência da ação de grupos de vandalismo, informou a companhia distribuidora Chilectra.

Nas comunidades de Espelho, Quilicura, Pedro Aguirre Cerda, A Cisterna, O Espelho, San Miguel, Renca, Macul, Peñalolén e Conchalí, 16.700 casas permanecem sem luz.

A comemoração do 41º aniversário do golpe militar foi marcada este ano pelo atentado da segunda-feira a uma estação de metrô de Santiago, que deixou 14 feridos, e três explosões que aconteceram depois em um centro comercial da contígua cidade de Viña del Mar.

O incidente mais grave aconteceu no município San Benardo, na região metropolitana da capitalo, onde o oficial de Carabineiros José Herrera Elgueta recebeu uma coronhada no rosto e foi levado para um hospital, onde informaram que está fora de risco vital.

Em Renca o segundo sargento José Cid Manríquez foi baleado no pé.

No município de Melipilla, um grupo atacou com coquetéis molotov e disparos balas de chumbo nas forças especiais de Carabineiros nas proximidades de uma casinha de pedágio da estrada e quatro policiais ficaram feridos.

O metrô da capital encerrou hoje o serviço antes de seu horário habitual na linha 4 devido ao atraso de várias trens transcorre em superfície, e no município de Puente Alto, um ônibus do sistema de transporte público Transantiago foi incendiado por desconhecidos.

Além disso, na estrada urbana Vespucio Sul, que conduz para o aeroporto, vários encapuzados lançaram bombas molotov nos veículos, informou Carabineiros.

Este incidente fez com que vários deles retornassem, contra o trânsito, para Santiago, informaram os próprios automobilistas a rádio "Biobío".

Por outro lado, um corte de energia elétrica afetou o hospital Luis Tisné, no município de Peñalolén. Ele continuou a funcionar graças a um gerador para casos de emergência.

As desordens se estenderam para outras cidades do país, entre elas, Concepción, Viña del Mar, Valparaíso e Chillán.

Pouco antes de começarem os distúrbios, centenas de pessoas se reuniram nos arredores do Estádio Nacional, considerado como o principal centro de detenção depois de 11 de setembro de 1973, para render uma homenagem aos executados e desaparecidos após o golpe.

Os familiares das vítimas da repressão também renderam tributo a seus seres queridos com um ato cultural realizado na Vila Grimaldi, principal centro de detenção, tortura e extermínio da polícia política de Augusto Pinochet entre 1974 e 1978.

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