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Anistia pede que Venezuela garanta direito a protesto pacífico

"Sair para rua em um dia de manifestação na Venezuela não deve ser uma sentença de morte", disse a diretora da ONG

Venezuela: autoridades também devem investigar de "maneira urgente" as denúncias de abusos (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

Venezuela: autoridades também devem investigar de "maneira urgente" as denúncias de abusos (Carlos Eduardo Ramirez/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de abril de 2017 às 11h00.

México - A Anistia Internacional (AI) pediu nesta quarta-feira que o governo de Venezuela garanta o direito de sua população protestar pacificamente e alertou que o aumento da violência nas manifestações pode mergulhar o país em uma crise de difícil retorno.

"Sair para rua em um dia de manifestação na Venezuela não deve ser uma sentença de morte", disse a diretora para as Américas da AI, Erika Guevara-Rosas, após relatos que pelo menos duas pessoas morreram nos protestos neste país.

A Anistia disse que além de garantir o direito da população de expressar suas opiniões pacificamente, as autoridades devem investigar de "maneira urgente", as denúncias de abusos aos direitos humanos cometidos durante as manifestações.

A organização considerou que o crescimento da violência e repressão está mergulhando a Venezuela em "uma crise de difícil retorno, que ameaça a vida e segurança dos venezuelanos".

Erika Rosas classificou de "receita tóxica" e chamou de "trágica" a combinação do aumento da violência, repressão descontrolada e falta de ação por parte das autoridades para garantir a liberdade de expressão e Justiça.

As manifestações de quarta-feira, na Venezuela, deixaram dois mortos, dezenas de feridos e centenas de detidos.

Dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados atenderam as convocações da oposição e do chavismo, para atos contra e a favor do Governo, no feriado pela comemoração dos 207 anos de um evento popular, considerado o primeiro passo para a independência da Venezuela.

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