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Anistia denuncia deportação de 36 refugiados sírios do Egito

Anistia assinalou que deportados foram detidos em setembro quando tentavam sair em barco do Egito para alcançar a costa europeia


	Militares no Egito: Egito endureceu requisitos para sírios e palestinos para evitar a infiltração de jihadistas, política em andamento desde que Exército depôs presidente islamita Mohammed Mursi
 (Muhammad Hamed/Reuters)

Militares no Egito: Egito endureceu requisitos para sírios e palestinos para evitar a infiltração de jihadistas, política em andamento desde que Exército depôs presidente islamita Mohammed Mursi (Muhammad Hamed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 16h24.

Cairo - A Anistia Internacional (AI) denunciou que 36 refugiados sírios foram deportados nesta sexta-feira do Egito e pediu a interrupção imediata deste tipo de prática pelas autoridades do país árabe.

A Anistia assinalou que os deportados foram detidos em setembro quando tentavam sair em barco do Egito para alcançar a costa europeia, e que muitos deles são de origem palestina.

Ativistas locais disseram a AI que ontem à noite os refugiados foram obrigados a assinar um documento em que aprovam seu retorno à Síria, para onde teriam ido hoje de avião saindo do Cairo.

A Anistia Internacional exigiu que as autoridades egípcias respeitem as leis internacionais e não devolvam refugiados outra vez ao conflito, que já causou a morte de mais de 100 mil pessoas desde que explodiu em março de 2011, de acordo com dados da ONU.

Dos 300 sírios que se estima vivam no Egito, mais de 105 mil estão registrados como refugiados indica o Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

Mais de trezentos sírios foram detidos nos últimos meses por delitos como: estar em situação irregular, exercer a violência ou tentar chegar à Europa e Líbia pela costa mediterrânea de forma ilegal.

O Egito endureceu os requisitos para sírios e palestinos para evitar a infiltração de jihadistas, política em andamento desde que o Exército depôs em 3 de julho o presidente islamita Mohammed Mursi, que tinha apoiado abertamente a rebelião na Síria.

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