Animação mostra momento da queda do voo MH17 da Ucrânia: relatório final da investigação internacional constatou que míssil de fabricação russa foi causa da tragédia (Reprodução/YouTube)
Gabriela Ruic
Publicado em 13 de outubro de 2015 às 11h50.
São Paulo – A investigação internacional sobre a tragédia com o voo MH17 da Malaysia Airlines, que caiu em 17 de julho de 2014 ao sobrevoar o leste da Ucrânia, concluiu que a aeronave foi abatida por um míssil BUK de fabricação russa que foi lançado dessa região. O local exato desse lançamento, contudo, não pôde ser determinado pela investigação.
O relatório final é fruto de uma rigorosa investigação liderada pela Agência Holandesa de Segurança (OVV) que durou 15 meses. O documento foi revelado nesta terça-feira.
Dentre as constatações, foi divulgado que a Ucrânia tinha razões suficientes para ter fechado o espaço aéreo dessa região, palco de violentos conflitos entre tropas do governo e separatistas pró-Rússia, antes do episódio, pois casos de aeronaves militares abatidas já haviam sido registrados.
Até a data da tragédia, mostrou o relatório, o espaço aéreo ucraniano seguia normalmente em uso. Entre os dias 14 e 17 de julho de 2014, 61 operadores de 32 países traçaram rotas de voo que incluíam o leste do país. No dia da queda do MH17, 160 voos comerciais haviam sobrevoado a região.
Do lado da Malaysia Airlines, a investigação comprovou que a companhia agiu dentro das normas internacionais.
A OVV divulgou ainda uma animação que mostra a trajetória do Boeing 777-200 a partir da decolagem de Amsterdã, na Holanda, até a sua queda no leste ucraniano. O vídeo reproduz com assustadora realidade o momento exato em que o míssil atinge a aeronave em sua parte superior esquerda.
Com a explosão e a perfuração causada por fragmentos do míssil, o cockpit e a classe executiva se separaram do restante da aeronave, que se desintegrou durante a queda. Destroços e restos mortais se distribuíram por uma área de mais de 50 quilômetros quadrados. Todas as 298 pessoas a bordo morreram.
Produzido em inglês e com legendas no mesmo idioma, o vídeo tem quase 20 minutos de duração e reúne as principais constatações do relatório. Veja:
https://youtube.com/watch?v=KDiLEyT9spI%3Frel%3D0%26showinfo%3D0