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Angelina Jolie pede soluções para crise de refugiados

Durante uma visita a refugiados sírios, Jolie afirmou que gostaria de ter estado hoje no país vizinho ajudando o retorno dos deslocados para suas casas


	Angelina Jolia: "Vi nesta visita quão desesperadora é a luta destas famílias para sobreviver", disse a atriz
 (Mohamed Azakir / Reuters)

Angelina Jolia: "Vi nesta visita quão desesperadora é a luta destas famílias para sobreviver", disse a atriz (Mohamed Azakir / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2016 às 12h04.

Beirute - A atriz americana Angelina Jolie fez nesta terça-feira, no Líbano, um chamado à comunidade internacional para que não fechem suas fronteiras nem diferenciem entre os refugiados para buscar soluções e "evitar uma crise maior no futuro".

Durante uma visita a refugiados sírios no leste do Líbano, coincidindo com o quinto aniversário da guerra na Síria, Jolie afirmou que gostaria de ter estado hoje no país vizinho ajudando o retorno dos deslocados para suas casas.

A embaixadora da boa vontade do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) lamentou "ser trágico e vergonhoso" que essa opção ainda esteja distante.

Em entrevista coletiva na Bekaa, no leste do Líbano, onde acabou encharcada pela chuva, Jolie lembrou que há 4,8 milhões de sírios refugiados e 6,5 milhões deslocados no interior da Síria.

"Vi nesta visita quão desesperadora é a luta destas famílias para sobreviver", disse a atriz, que detalhou que, após cinco anos de exílio, os sírios não têm mais economias, e alguns dos que alugavam casas agora vivem em "shoppings abandonados ou em acampamentos improvisados".

Ela afirmou que a situação dos refugiados sírios no Líbano, 79% mulheres e crianças, se deteriorou nos dois últimos anos.

Jolie se mostrou consciente que o problema dos refugiados, atualmente 60 milhões, é um desafio para a comunidade internacional, a quem pediu que não se faça diferenciações entre eles.

"Não podemos melhorar esta realidade com respostas parciais, respondendo a algumas crises e não a outras, como por exemplo excluindo aos refugiados afegãos, pois o resultado seria mais caos, injustiça e insegurança, e por último, mais conflitos e mais deslocados", acrescentou.

Na sua opinião, os governantes devem fazer "algo mais do que simplesmente proteger suas fronteiras ou prestar mais ajuda, devem tomar decisões para garantir que não haja uma crise maior de refugiados no futuro".

Finalmente, pelo bem dos refugiados da Síria e do mundo, pediu que a comunidade internacional encontre "soluções", e expressou seu desejo de que no próximo 15 de março a paz e os refugiados tenham retornado à Síria.

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