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Aneel debate com sociedade tarifa diferenciada de energia

A modalidade tarifária branca opta por um modelo de cobrança que oferece preços diferentes de acordo com os horários de consumo


	Torres de energia elétrica: a aplicação da tarifa está condicionada à instalação de um medidor de energia eletrônico, que ainda deve ser homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
 (Guang Niu/Getty Images)

Torres de energia elétrica: a aplicação da tarifa está condicionada à instalação de um medidor de energia eletrônico, que ainda deve ser homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). (Guang Niu/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 17h28.

Brasília - A partir do ano que vem, os consumidores de energia elétrica poderão optar por um modelo de cobrança que oferece preços diferentes de acordo com os horários de consumo. A modalidade tarifária branca foi debatida hoje (3) em audiência pública pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A tarifa branca funcionará da seguinte forma: de segunda a sexta-feira haverá um horário de ponta, no início da noite, quando a energia será mais cara. Uma hora antes e uma depois desse horário, será o horário intermediário, quando a tarifa será um pouco menor. Nesses dois horários, o preço da energia será maior do que o que é pago atualmente. Nos demais horários, a tarifa será mais barata do que o empregado hoje em dia. Nos finais de semana e feriados nacionais, a tarifa mais baixa será adotada para todas as horas do dia.

A tarifa diferenciada será opcional, ou seja, quem não quiser mudar pode continuar com o sistema atual. O superintendente de Regulação de Comercialização da Eletricidade da Aneel, Marcos Bragatto, alerta que o consumidor tem que avaliar bem se a adoção da tarifa branca vai valer a pena para cada caso. “Se ele não tiver uma mudança de hábito de consumo, pode acontecer de ele pagar mais caro optando por essa tarifa. Então é preciso avaliar com muita cautela se realmente vai ser vantajoso ou não”, disse à Agência Brasil.

A aplicação da tarifa está condicionada à instalação de um medidor de energia eletrônico, que ainda deve ser homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Os aparelhos serão instalados pelas distribuidoras, sem custo imediato para os consumidores. No entanto, esse custo poderá ser repassado na forma de reajuste da tarifa de energia. “Mas teria que ter uma procura em massa para ter um impacto significativo na tarifa. A gente aposta que não vai haver essa procura em massa a princípio, justamente porque vai exigir do consumidor uma mudança de hábitos”, avalia o superintendente.

A Aneel ainda fará audiências para debater a proposta em São Paulo, Curitiba, Belém e no Recife. Os interessados também poderão enviar contribuições até o dia 6 de agosto pelo e-mail ap043_2013@aneel.gov.br. As contribuições serão analisadas pela área técnica da Aneel e a proposta final deve ser votada pela diretoria da Aneel até setembro.

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