Mundo

Aneel aprova medidas para redução da conta de energia

Agência aprovou revisão extraordinária das tarifas para reduzir a conta de energia em no mínimo 18% para os consumidores


	Torres de energia elétrica: redução das tarifas anunciada pela presidente Dilma Rousseff baseia-se na redução da remuneração das usinas
 (Guang Niu/Getty Images)

Torres de energia elétrica: redução das tarifas anunciada pela presidente Dilma Rousseff baseia-se na redução da remuneração das usinas (Guang Niu/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 12h18.

Brasília - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quinta-feira a revisão extraordinária das tarifas de energia elétrica das distribuidoras de eletricidade, para reduzir a conta de energia em no mínimo 18 por cento para os consumidores residenciais e em cerca de 32 por cento para a indústria.

A agência também aprovou a nova estrutura da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que permitirá a redução das tarifas de energia elétrica, incluindo o aumento do aporte do Tesouro à conta, dos 3,3 bilhões de reais inicialmente previstos, para 8,46 bilhões de reais neste ano.

O aporte inicial de 3,3 bilhões de reais, era necessário para que a CDE custeie a redução na cobrança dos principais encargos do setor elétrico. Esse aporte teve de ser elevado para fazer frente à não adesão de concessões pela Cemig, Copel e Cesp à renovação condicionada e antecipada dos contratos.

A redução das tarifas anunciada pela presidente Dilma Rousseff baseia-se na redução da remuneração das usinas e linhas de transmissão que terão as concessões renovadas e na redução da cobrança de encargos.

A CDE funcionará como um espécie de fundo, que cobrirá a diferença da não adesão de parte das concessionárias à renovação e também a redução na cobrança de encargos. Ao todo, a CDE terá receita de 14,121 bilhões de reais em 2013 e custeará todos os subsídios do setor.

"Todos os subsídios existentes nas concessionárias passarão para a CDE", disse o diretor da Aneel, André Pepitone, durante a reunião da diretoria da agência nesta quinta-feira.

Os aportes do Tesouro usarão créditos da União junto à Itaipu Binacional, segundo o relatório de Pepitone.

A agência também aprovou cota anual de 1,024 bilhão a ser paga pelos agentes do setor à CDE. A conta receberá recursos de multas cobradas pela Aneel, dos pagamentos do Uso do Bem Público (UBP) e transferências de recursos da Reserva Global de Reversão (RGR).

Outra aprovação relacionada à queda da conta foi a distribuição de cotas de energia das usinas que tiveram as concessões que venceriam entre 2015 e 2017 renovadas entre as distribuidoras de energia elétrica. Segundo o diretor da Aneel Julião Coelho, a distribuição das cotas será proporcional ao mercado das empresas.

Acompanhe tudo sobre:AneelEnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia