As reformas estruturais e o programa de cortes e privatizações do governo grego pretendem arrecadar 78 bilhões de euros até 2015 (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2011 às 10h00.
Atenas - Um grupo de analistas da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou nesta quarta-feira em Atenas uma inspeção das políticas de austeridade do Governo grego, de cujo cumprimento depende a entrega de novas ajudas, segundo confirmou à Agência Efe o Ministério das Finanças.
Embora a agenda de reuniões não seja pública, fontes do Ministério das Finanças heleno citadas pelos jornais "Kathimerini", "To Vima" e "Ta Nea" garantiram que os analistas darão início nesta quarta-feira à missão de duas semanas, com uma inspeção das despesas e receitas estatais.
Os analistas vão se reunir com o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos. Os analistas da UE, do Banco Central Europeu e do FMI devem elaborar um relatório sobre o grau de cumprimento das políticas de economia.
A zona do euro e o FMI devem entregar em setembro 8 bilhões de euros, correspondentes ao sexto lance do empréstimo de 110 bilhões de euros concedido no ano passado para evitar a quebra do país.
As reformas estruturais e o programa de cortes e privatizações do Governo grego pretendem arrecadar 78 bilhões de euros até 2015.
As privatizações são um dos pontos nos quais os analistas prestarão mais atenção, já que sua execução é um dos principais requisitos da zona do euro e do FMI.
A equipe vai mostrar especial atenção ao equilíbrio entre as receitas e as despesas estatais, um capítulo que detectou buraco de 4,5 bilhões de euros mais do que previsto até agora.
O FMI considera que a Grécia fez muito para reduzir o déficit e conseguir a consolidação fiscal, mas que ainda há muito por fazer.
Em 21 de julho, os líderes da zona do euro acordaram um segundo resgate à Grécia de 160 bilhões de euros, dos quais a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentarão 109 bilhões de euros e os credores privados, outros 50 bilhões de euros.