Ana de Hollanda deu uma entrevista curta ao sair da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro (Antônio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2011 às 15h26.
Rio de Janeiro - A ministra Ana de Hollanda rebateu hoje críticas de quem a vê enfraquecida com as controvérsias que têm pontuado seus dois meses à frente da pasta da Cultura. "Eu me sinto completamente segura nas minhas ações. Em nenhum momento faltou firmeza. Sou uma pessoa cautelosa, não tomo medidas precipitadas", afirmou Ana, que reiterou que conta com o respaldo da presidente Dilma Rousseff.
Ela deu uma entrevista curta ao sair da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Foi à entidade, vinculada ao MinC, para conversar com seus funcionários. Expôs suas intenções e ouviu demandas. O encontro, informal, lotou o auditório da Biblioteca - foram cerca de 150 funcionários presentes.
Eles pediram a realização de concurso público e isonomia salarial com os servidores da Casa de Rui Barbosa, que têm salários mais altos para funções idênticas, segundo eles. Ana informou que o corte grande no orçamento, que somaria R$ 760 milhões (orçamento direto mais emendas parlamentares), vai impossibilitar concursos este ano. Mas garantiu que a postura será revista em 2012. "Não estamos abrindo mão, mas temos de nos adequar a essa realidade. Sabíamos que este ano seria difícil", disse a ministra, depois da reunião.
Ontem, Ana havia se reunido com funcionários da Casa de Rui Barbosa, como vem fazendo em todas as instituições ligadas ao MinC. Tem sido bem recebida. Na fundação, a visita tinha um caráter apaziguador, já que o clima estava intranquilo por conta da polêmica que envolveu a escolha de seu novo presidente: depois de o sociólogo Emir Sader falar mal da ministra, seu nome foi trocado pelo do sociólogo Wanderley Guilherme dos Santos. O escolhido já deu entrevista dizendo que não haverá mudanças radicais no perfil da entidade.