Xi Jinping e Barack Obama em Pequim: caso, que não havia sido divulgado até agora, coincide com a visita aos Estados Unidos a partir de quinta-feira do presidente Xi Jinping (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 10h30.
Uma empresária americana está detida há seis meses na China acusada de espionagem, anunciaram nesta segunda-feira seus parentes, um caso que pode complicar a visita oficial do presidente chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos, prevista para esta semana.
Desde março, o ministério chinês da Segurança do Estado retém Sandy Phan-Gillis, investigada por "espionagem e roubo de segredos de Estado", segundo o site savesandy.org, que publica informações sobre o caso.
A empresária foi detida quando ia entrar na região administrativa especial de Macau (sul da China) após uma visita à China continental com uma delegação comercial de Houston (Texas), sua cidade natal, onde forma parte do conselho local para o comércio e o desenvolvimento internacional.
O grupo de cinco pessoas visitou cidades chinesas como Pequim, Cantão e Shenzhen, mas apenas ela, nascida no Vietnã e cuja família seria originária do sul da China, foi detida, indica o site.
"Sandy não é uma espiã ou uma ladra", afirma seu marido, Jeff Gillis.
O caso, que não havia sido divulgado até agora, coincide com a visita aos Estados Unidos a partir de quinta-feira do presidente Xi Jinping, onde se reunirá com Barack Obama.
Segundo seus familiares, Sandy Phan-Gillis "não está autorizada a ver ou falar com seus amigos, sua família ou seus advogados", embora funcionários do consulado americano no Cantão a visitem uma vez por mês.
Segundo o site, as autoridades chinesas reconheceram que não existem provas suficientes para acusar formalmente a empresária, que estaria em "mal estado de saúde" por seus problemas de hipertensão.