Secretário de Estado americano, John Kerry: Kerry disse ainda estar convencido de que "o continente tem a capacidade de definir um futuro para a região" (Mandel Ngan/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2014 às 13h24.
Washington - "O continente americano poderia transforma-se na região mais estável e próspera do planeta", afirmou nesta quarta-feira o secretário de Estado americano, John Kerry.
"Se trabalhamos juntos e jogarmos nossas cartas de forma correta, o Hemisfério Ocidental pode converter-se na região mais estável e próspera do mundo. Acredito que é a oportunidade que temos à frente", disse Kerry, ao discursar em uma conferência sobre as Américas.
Kerry disse ainda estar convencido de que "o continente tem a capacidade de definir um futuro para a região que é muito diferente de tudo o que temos visto no século XX".
"A história recente em toda a região prova que um progresso incrível é possível com o tipo correto de liderança".
O responsável pela diplomacia americana lembrou que, quando foi senador, em 1985, a região ocupava as páginas dos jornais "pelos motivos errados", e citou o "notável" avanço desde então.
Em particular, lembrou que na última década nada menos do que 73 bilhões de pessoas na América Latina foram tiradas da pobreza.
"É uma excelente história. E não aconteceu por acidente. Ocorreu pela integração dos mercados, pelo impulso à inovação e pelas oportunidades criadas para cidadãos de todos os tipos", ressaltou.
Kerry contou que quando visita líderes ou funcionários estrangeiros que enfrentam dificuldades ou têm dúvidas para tomar "decisões difíceis", compartilha com eles o que vem sendo feito no continente americano.
Continuar a tendência positiva da região exigirá pesados investimentos em educação e boas práticas governamentais, apoiadas em uma profunda mudança no "mapa mundial de energia", acrescentou Kerry.
"Este mapa mundial energético já não está mais centrado no Oriente Médio, mas, sim, no Hemisfério Ocidental. A região será responsável por dois terços do crescimento do abastecimento de petróleo nas próximas duas décadas", argumentou.
Esta realidade também torna necessária uma reformulação da política energética de todo o continente, disse Kerry, que comparou a inexistência de uma rede energética geral interna nos Estados Unidos e o fato de que seis países centro-americanos em breve estarão unidos a uma rede única.
"Trata-se do maior mercado do mundo. É o maior mercado na história da Humanidade", afirmou.