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América Latina precisa de menos financiamento, diz Moody's

Diminuição do déficir fiscal fez a região diminuir em 6,3% a necessidade de financiamento para 2011

Lima, no Peru: país recebeu elogios da Moody's pela baixa necessidade de financiamento (Christian911/Wikimedia Commons)

Lima, no Peru: país recebeu elogios da Moody's pela baixa necessidade de financiamento (Christian911/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 15h27.

Nova York - A necessidade de financiamento por parte dos Governos da América Latina e do Caribe será este ano de US$ 384 bilhões, 6,3% menos que os US$ 410 bilhões requeridos em 2010, segundo um relatório divulgado hoje pela Moody's.

Essa agência de classificação de risco analisou 13 países da América Latina e o Caribe, que geram 95% do Produto Interno Bruto (PIB) da região, e deduziu que seus níveis de financiamento continuam uma tendência "estável ou de melhoria" desde 2009.

Isso é devido à redução de seus respectivos déficits fiscais, graças a que a região está "deixando para trás o pior da crise financeira", assegura Moody's em seu relatório.

Segundo seus cálculos, o financiamento que a região precisa ronda 5,8% de seu PIB, comparado com 9,2% de 2009, uma pronunciada queda que a agência de qualificação atribui ao aumento do PIB nominal da maioria dos países da região.

A Moody's prevê um "contínuo crescimento econômico" para a região e destaca o aumento da arrecadação de fundos por parte dos Governos na América Latina, por isso que prevê "bons níveis de necessidade de financiamento no futuro para a região".

Para contribuir para essa necessidade de financiamento, este ano América Latina e Caribe emitirá dívida externa abaixo dos US$ 12 bilhões e continuará assim com a tendência de baixa dos últimos anos.

Em relação à situação concreta de Brasil e México, a Moody's destaca que têm "múltiplas fontes" para arrecadar fundos, tanto nos mercados internacionais como dentro do país.

O relatório assegura que o Peru se destaca entre seus vizinhos latino-americanos por sua reduzida necessidade de financiamento, que este ano rondará 0,5% de seu PIB, comparado com outros países da região, como o México, que em 2011 vai precisar financiar 11,1% de seu PIB.

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