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América Latina foi a região mais perigosa para jornalistas em 2010

Dos 105 assassinatos de profissionais da imprensa registrados no ano, 35 foram realizados na região

Santa Fé, no México: país foi o pior para jornalistas em 2010, com 14 mortes (Wikimedia Commons)

Santa Fé, no México: país foi o pior para jornalistas em 2010, com 14 mortes (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2010 às 09h14.

Genebra - A América Latina foi a região mais perigosa para a imprensa em 2010 com 35 dos 105 assassinatos de jornalistas registrados no período, divulgou a ONG Campanha Emblema de Imprensa nesta segunda-feira.

O México registrou 14 casos, alcançando o Paquistão, o que garantiu o primeiro e o segundo lugar na lista dos países mais perigosos para exercer o jornalismo investigativo.

Na lista de ocorrência, segue Honduras, com nove jornalistas mortos, e o Iraque, com o mesmo número de vítimas.

De acordo com a ONG com sede em Genebra, Colômbia é o sétimo lugar mais perigoso para jornalistas, com quatro assassinatos, junto do Brasil e Nigéria, seguidos das Filipinas e Rússia.

"A epidemia não parece ter cura. A comunidade internacional não encontrou os meios de acabar com o mal, nem os mecanismos efetivos para processar rapidamente os responsáveis pelos crimes", disse o secretário-geral da ONG, Blaise Lempen.

Em seu balanço, a entidade civil menciona que dois jornalistas morreram assassinados no Afeganistão, onde os talibãs mantêm dois jornalistas da televisão francesa há um ano como reféns, no que se transformou no sequestro mais longo na história do jornalismo.

Em sua apuração, aponta também que em Angola, Tailândia, Índia, Venezuela e Uganda dois jornalistas foram assassinados em cada país.

Nos últimos cinco anos, que coincidem com o início do estudo da ONG, 529 jornalistas morreram durante o exercício da profissão.

Neste período, o Iraque foi o país mais perigoso, com 127 casos, seguido das Filipinas e México, com 59 e 47 assassinatos, respectivamente.

A Campanha Emblema de Imprensa promove a adoção de uma legislação internacional para reforçar a proteção dos jornalistas no cumprimento de sua missão, lembrou seu presidente, Hedayat Abdel Nabi.

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