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Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 15h56.
São Paulo – Enquanto União Europeia vê a situação ficar cada vez mais complicada, países emergentes da América Latina ainda conseguem momentos de relativa tranquilidade. Mas um relatório do banco PNB Paribas afirma que, embora resistente, a região não é imune e, cedo ou tarde, vai sofrer as consequências da crise global.
“A Europa está caminhando para uma recessão e as economias avançadas têm uma perspectiva sombria de crescimento para 2012. Estes efeitos vão se alastrar até a América Latina”, diz o banco.
Este contágio deve acontecer por vias bem conhecidas dos especialistas, como choques de oferta ou demanda no comércio internacional, fluxo de capitais, condições de crédito e também pelos impactos de alterações na confiança de consumidores e empresas.
Segundo o BNP, os dois extremos na discussão sobre a chegada da crise na América Latina estão errados.
“A verdade reside entre a ideia de imunidade absoluta e a de imunidade zero. Por um lado, nenhuma economia (ou região) está imune à crise. Por outro, mercados emergentes como os da América Latina devem ter um desempenho melhor do que o de muitas economias avançadas”.
Na visão dos economistas do banco, a região está em “melhor forma” hoje do que no passado para suportar a tempestade da crise. A previsão do banco é que o crescimento real do PIB da América Latina seja de 4% em 2011, 3% no ano seguinte e novamente 4% em 2013.