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América Latina crescerá 4,7% em 2011, superando o previsto

O crescimento acontece em um contexto de avanço da inflação em grande parte da região

Segundo a Cepal, o crescimento acima do previsto se deve ao consumo privado, explicado pela melhora dos indicadores trabalhistas e no aumento do crédito (Foto: Abr)

Segundo a Cepal, o crescimento acima do previsto se deve ao consumo privado, explicado pela melhora dos indicadores trabalhistas e no aumento do crédito (Foto: Abr)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 14h07.

Santiago - A América Latina crescerá 4,7% em 2011, um resultado melhor que o esperado, apesar um avanço da inflação em grande parte da região, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira, em Santiago de Chile, pela Cepal.

"Espera-se um crescimento médio de 4,7% para 2011", assinala em seu informe a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que, em dezembro passado, prognosticou uma alta da economia regional de 4,2%.

"O crescimento ocorre em um contexto de aumento da taxa de inflação que preocupa muitos países", afirmou a secretária-executiva da entidade, a mexicana Alicia Bárcena.

Segundo o informe, em 2010 a inflação foi de 6,6% e em maio de 2011 já chegava a 5,6%, impulsionada pelas altas dos preços dos alimentos.

"O crescimento regional em 2011 se baseia em grande medida no impulso do consumo privado, explicado pela melhora dos indicadores trabalhistas e no aumento do crédito", afirma o organismo.

"A expansão irá repercutir também de maneira positiva no mercado de trabalho na região, o que permite esperar uma nova redução da taxa de desemprego de 7,3% em 2010 para entre 6,7% e 7% em 2011", acrescenta.

Segundo a Cepal, constata-se mais uma vez um crescimento a três velocidades na região. "As maiores taxas de expansão são observadas na América do Sul, área que crescerá 5,1% em 2011, favorecida pelos maiores preços obtidos pelas exportações de produtos básicos, nos quais está especializada. Enquanto isso, a América Central crescerá 4,3% e as economias do Caribe, 1,9%".

O Panamá será o país com maior crescimento, com 8,5%, seguido por Argentina (8,3%), Haiti (8,0%) e Peru (7,1%).

Os menores crescimentos correspondem a El Salvador (2,5%) e Honduras (3%), segundo a Cepal.

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