Foto da Estação Espacial Internacional (ISS) compartilhadas pelo astronauta Rick Arnold. (Rick Arnold/ ISS/Divulgação)
Vanessa Barbosa
Publicado em 23 de agosto de 2018 às 10h33.
São Paulo - Pânico do paraíso. Classificado como categoria 4 (numa escala que vai até 5) e com ventos que chegam a 100 km/h, Lane pode ser o primeiro forte furacão a atingir o Havaí em quase 30 anos.
O furacão deve chegar à capital Honolulu a partir da sexta-feira e durar até o fim de semana. Preocupados, os moradores do arquipélago se preparam para o potencial impacto, com estoque de alimentos, água, suprimentos de higiene e objetos de uso emergencial, como lanternas, baterias e gasolina.
A procura exarcebada por produtos esgotou os estoques de alguns supermercados, como mostram imagens compartilhadas por moradores locais nas redes sociais.
https://www.instagram.com/p/Bmww1nAnQHJ/?hl=en&tagged=hurricane
Mesmo que não toque a terra, o fenômeno deve se aproximar o suficiente das ilhas, trazendo forte chuvas e inundações, que podem causar prejuízos, segundo os meteorologistas.
Imagem da Estação Espacial Internacional (ISS) compartilhada pelo astronauta Rick Arnold em sua página oficial no Twitter mostra a dimensão do furacão na manhã de ontem, quando Lane havia atingido categoria máxima, antes de perder força.
#HurricaneLane in the early morning hours near #Hawaii. The crew of the @Space_Station sends much aloha to everyone there. pic.twitter.com/raPh37MZH9
— Ricky Arnold (@astro_ricky) August 22, 2018
Os cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) também divulgaram uma filmagem feita na zona central do furacão Lane:
Scientists from @HRD_AOML_NOAA captured the eye of cat 5 #HurricaneLane as seen from the NOAA P-3 in the Central Pacific as CPHC upgraded storm's intensity. Please monitor https://t.co/GSZibx8iEh and https://t.co/l10gLxMl3r for updates as Lane approaches the Aloha State. pic.twitter.com/nkVCOhgy5C
— NOAA Atlantic Oceanographic and Meteorological Lab (@NOAA_AOML) August 22, 2018
O governador do Estado do Havaí, David Y. Ige já declarou estado de emergência, a fim de facilitar o acesso a recursos que possam ajudar nos preparativos de proteção e mitigação de riscos na região.
"O Havaí corre o risco de sofrer um desastre de ventos e chuvas fortes, tempestades e inundações que ameaçam causar grandes danos a propriedades públicas e privadas em todo o Estado, com impacto nos condados de Maui, Kalawao, Kauai e a capital Honolulu, pondo assim em perigo a saúde, a segurança, e o bem-estar das pessoas", declarou Ige na quarta-feira (22).
Fenômeno raro
A região central do oceano pacífico raramente sofre com furacões, o que geralmente deixa o Havaí a salvo das temporadas de furacões que castigam outros estados norteamericanos.
Segundo a rede americana CNN, apenas dois furacões e duas tempestades tropicais atingiram o Havaí nas últimas seis décadas: o furacão Dot, em 1959, o furacão Iniki, em 1992, e as tempestades tropicais Iselle e Barby, em 2014 e 2016 respectivamente. A inexperiência do estado com fortes furacões torna-o mais vulnerável ao fenômeno.
Além de se preparar para a aproximação da tempestade, o Havaí ainda lida com os efeitos da recente erupção do Monte Kilauea, que nos últimos dois meses castigou a sua principal ilha turística. Felizmente, desde o dia 9 de agosto, não há registros de atividade eruptiva de acordo com o Hawaiian Volcano Observatory.