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Ameaça rara, furacão Lane se aproxima do Havaí e moradores se preparam

Classificado como categoria 4 (numa escala que vai até 5), Lane pode ser o primeiro forte furacão a atingir a ilha em quase 30 anos

Foto da Estação Espacial Internacional (ISS) compartilhadas pelo astronauta Rick Arnold.  (Rick Arnold/ ISS/Divulgação)

Foto da Estação Espacial Internacional (ISS) compartilhadas pelo astronauta Rick Arnold. (Rick Arnold/ ISS/Divulgação)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 23 de agosto de 2018 às 10h33.

São Paulo - Pânico do paraíso. Classificado como categoria 4 (numa escala que vai até 5) e com ventos que chegam a 100 km/h, Lane pode ser o primeiro forte furacão a atingir o Havaí em quase 30 anos.

O furacão deve chegar à capital Honolulu a partir da sexta-feira e durar até o fim de semana. Preocupados, os moradores do arquipélago se preparam para o potencial impacto, com estoque de alimentos, água, suprimentos de higiene e objetos de uso emergencial, como lanternas, baterias e gasolina.

A procura exarcebada por produtos esgotou os estoques de alguns supermercados, como mostram imagens compartilhadas por moradores locais nas redes sociais.

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Mesmo que não toque a terra, o fenômeno deve se aproximar o suficiente das ilhas, trazendo forte chuvas e inundações, que podem causar prejuízos, segundo os meteorologistas.

Imagem da Estação Espacial Internacional (ISS) compartilhada pelo astronauta Rick Arnold em sua página oficial no Twitter mostra a dimensão do furacão na manhã de ontem, quando Lane havia atingido categoria máxima, antes de perder força.

Os cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) também divulgaram uma filmagem feita na zona central do furacão Lane:

O governador do Estado do Havaí, David Y. Ige já declarou estado de emergência, a fim de facilitar o acesso a recursos que possam ajudar nos preparativos de proteção e mitigação de riscos na região. 

"O Havaí corre o risco de sofrer um desastre de ventos e chuvas fortes, tempestades e inundações que ameaçam causar grandes danos a propriedades públicas e privadas em todo o Estado, com impacto nos condados de Maui, Kalawao, Kauai e a capital Honolulu, pondo assim em perigo a saúde, a segurança, e o bem-estar das pessoas", declarou Ige na quarta-feira (22).

Fenômeno raro

A região central do oceano pacífico raramente sofre com furacões, o que geralmente deixa o Havaí a salvo das temporadas de furacões que castigam outros estados norteamericanos.

Segundo a rede americana CNN, apenas dois furacões e duas tempestades tropicais atingiram o Havaí nas últimas seis décadas: o furacão Dot, em 1959, o furacão Iniki, em 1992, e as tempestades tropicais Iselle e Barby, em 2014 e 2016 respectivamente. A inexperiência do estado com fortes furacões torna-o mais vulnerável ao fenômeno.

Além de se preparar para a aproximação da tempestade, o Havaí ainda lida com os efeitos da recente erupção do Monte Kilauea, que nos últimos dois meses castigou a sua principal ilha turística. Felizmente, desde o dia 9 de agosto, não há registros de atividade eruptiva de acordo com o Hawaiian Volcano Observatory.

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