Primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe: "a comunidade internacional precisa responder com firmeza e cooperar sem ceder ao terrorismo" (Toru Hanai/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2015 às 07h52.
Jerusalém - O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, condenou nesta terça-feira como "inaceitável" a ameaça contra as vidas de dois japoneses supostamente tomados como prisioneiros por militantes do Estado Islâmico, e disse que a comunidade internacional não cederá ao terrorismo.
Falando em uma entrevista coletiva em Jerusalém, em meio a uma turnê pelo Oriente Médio, Abe acrescentou que o Japão faria o máximo ao seu alcance para assegurar a libertação segura dos prisioneiros.
O grupo militante Estado Islâmico, que controla faixas dos territórios de Síria e Iraque, publicou nesta terça-feira um vídeo na Internet em que parece mostrar dois prisioneiros japoneses, exigindo 200 milhões de dólares do governo japonês para salvar as vidas de ambos.
"A comunidade internacional precisa responder com firmeza e cooperar sem ceder ao terrorismo", disse Abe.
Questionado se o Japão pagaria o resgate para garantir a libertação dos dois prisioneiros, Abe respondeu: "Em relação a este caso, damos a máxima prioridade a salvar vidas e a colher informações com a ajuda de outros países. Nos esforçaremos ao máximo para salvar as vidas (dos prisioneiros) de agora em diante."
No sábado, Abe prometeu destinar 200 milhões de dólares para auxílio não militar aos países que combatem o Estado Islâmico. Abe disse em Jerusalém que o Japão manteria a ajuda, que ele afirmou ter natureza humanitária.
"O Japão vai contribuir o quanto for possível em áreas não militares, incluindo a provisão de apoio a refugiados do Iraque e Síria", disse ele.
"Os 200 milhões de dólares em auxílio anunciados pelo Japão são ajuda humanitária destinada a fornecer alimentos e serviços médicos para salvar aquelas pessoas na região que perderam suas casas e se tornaram refugiados", acrescentou ele.