Estátua de Mao Tsé-Tung foi demolida na China (Reuters)
Diogo Max
Publicado em 9 de janeiro de 2016 às 12h44.
São Paulo – Uma estátua gigantesca do controverso líder comunista Mao Tsé-Tung, que ia ser inaugurada na China, foi demolida em uma zona rural do país.
A foto da obra, divulgada há dois dias, causou uma certa comoção na internet, gerando muitas críticas ao gasto de mais de 460 mil dólares, financiado supostamente por empresários locais.
Muitos usuários do Weibo, o Twitter chinês, criticaram a extravagância em uma zona rural e pobre do país, afirmando que o dinheiro poderia ser gasto em melhorias na área de educação e saúde.
Constrangidas, as autoridades da região resolveram demolir a homenagem ao líder comunista, de acordo com o jornal The New York Times.
Ainda segundo a reportagem, a equipe de demolição chegou ao local na quinta-feira e, já no outro dia, só havia um pilha com o resto de destroços da obra.
A ideia para erguer a estátua teria partido de um empresário chamado Sun Qingxin, dono do grupo Lixing, um conglomerado que faz maquinarias e possui fábricas de comidas processadas, hospitais e escolas.
Ele próprio teria pago pela estátua, diz o New York Times, afirmando que Sun é também membro de uma seção do Partido Comunista na província.
A estátua dourada, de 37 metros de altura, foi erguida em meio a um campo na província de Henan e representa o homem que comandou a China com mão de ferro durante três décadas, sentado e com as mãos cruzadas.
A obra tinha sido concluída em dezembro, após nove meses de trabalho, segundo a agência de notícias France Press.
Apesar de sua responsabilidade por milhares de mortes, Mao continua sendo uma figura respeitada na China, onde o Partido Comunista controla o debate sobre a história do país.
Texto atualizado às 13h45 para corrigir o valor da obra