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Alunos norte-coreanos terão que estudar vida de Kim Jong-un

Os alunos de ensino médio do país terão disciplina obrigatória de 81 horas para estudar a vida e obra do líder norte-coreano


	 O líder norte-coreano, Kim Jong-un: matéria será lecionada nos três anos de ensino médio
 (REUTERS/KCNA)

O líder norte-coreano, Kim Jong-un: matéria será lecionada nos três anos de ensino médio (REUTERS/KCNA)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 10h05.

Seul - Os alunos de ensino médio da Coreia do Norte terão uma disciplina obrigatória, que somará 81 horas ao longo do ano letivo, para estudar a vida e obra do jovem líder Kim Jong-un, informou nesta terça-feira a emissora sul-coreana "KBS".

A matéria será lecionada nos três anos de ensino médio, segundo a "KBS", que teve acesso ao plano de estudos oficial feito pela Comissão de Educação da Coreia do Norte.

Os adolescentes norte-coreanos já têm uma disciplina de 160 horas para estudar a vida e obra do fundador do país, Kim Il-sung, e outra de 148 horas que aborda a vida do falecido ditador Kim Jong-il, respectivamente o avô e o pai do atual "líder supremo".

Além disso, existe uma matéria menor sobre Kim Jong-souk, primeira esposa de Kim Il Sung e a mãe de Kim Jong-il.

Apesar do extremo culto à personalidade dos líderes no país, paradoxalmente os próprios norte-coreanos desconhecem dados básicos sobre o atual dirigente, como, por exemplo, onde vive ou se tem filhos ou não. Até mesmo sua idade é um segredo, embora especialistas calculam que ele nasceu em 1983.

É bastante improvável, no entanto, que estas informações sejam reveladas nas aulas, que abordarão o nascimento e os primeiros anos de vida do jovem Kim a partir dos materiais distribuídos pelo Partido dos Trabalhadores, um dos dois pilares do Estado totalitário ao lado do Exército Popular.

A nova disciplina faz parte dos esforços para consolidar o que a Coreia do Norte chama de poder "monolítico" em torno de Kim Jong-un, pouco antes do terceiro aniversário de sua chegada ao poder, em dezembro de 2011.

Por enquanto não se sabe se a nova matéria incluiria histórias fictícias para alimentar o culto à personalidade do "líder supremo", como nos casos de seu pai e seu avô, a quem os textos de história atribuem em algumas ocasiões conquistas e façanhas inverossímeis, como o ter escrito milhares de livros.

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