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Alta de alimentos põe 44 milhões de pessoas na pobreza

O Banco Mundial alertou que a elevação dos preços pode causar "macro vulnerabilidades", especialmente nos países menos sólidos em âmbito fiscal

Alta dos alimentos tem impacto maior em países com economia frágil (SXC/SXC)

Alta dos alimentos tem impacto maior em países com economia frágil (SXC/SXC)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 16h31.

São Paulo - Os preços internacionais dos alimentos continuaram subindo com força nos últimos meses, aumentando a pobreza e as preocupações com a economia, informou hoje o Banco Mundial. O índice de preços do banco subiu 15% entre outubro do ano passado e janeiro de 2011, o que significa elevação de 30% em relação ao mesmo período do ano passado e apenas 3% abaixo do pico de 2008. O Banco Mundial relatou que esse aumento, que inclui alta significativa dos preços do trigo e do milho, colocou cerca de 44 milhões de pessoas em situação de pobreza desde junho.

"Os preços globais dos alimentos estão subindo para níveis perigosos e ameaçam dezenas de milhões de pessoas pobres no mundo", disse o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, em comunicado.

A alta dos alimentos tem sido uma grande preocupação para as autoridades internacionais. O Banco Mundial alertou que a elevação dos preços pode causar "macro vulnerabilidades", especialmente nos países menos sólidos em âmbito fiscal, que são forçados a importar grandes volumes de alimentos.

No entanto, o Banco Mundial ponderou que boas colheitas em muitos países africanos ajudaram a conter a elevação dos preços de alguns itens. Além disso, o banco observou que os preços internacionais do arroz subiram moderadamente e que o cenário desse mercado permanece estável.

O Banco Mundial avisou, ainda, que as mudanças climáticas devem causar mais impacto nos preços dos alimentos do que ocorreu no passado. "A frequência de eventos relacionados ao clima durante o último ano e seu impacto nos preços da comida ressaltam a vulnerabilidade dos pobres diante das mudanças climáticas", afirmou o banco. As informações são da Dow Jones.

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