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Alta de alimentos leva 44 milhões para baixo da linha de pobreza

Banco Mundial pediu ao G20 que tenha atenção especial com o tema na próxima reunião

Colheita de trigo na China: preço do grão duplicou em seis meses e liderou a alta (Getty Images)

Colheita de trigo na China: preço do grão duplicou em seis meses e liderou a alta (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 15h04.

Washington - O aumento dos preços dos alimentos, próximo a níveis recordes de 2008, arrastou 44 milhões de pessoas para baixo da linha de pobreza, segundo um relatório publicado nesta terça-feira pelo Banco Mundial (BM).

O presidente do BM, Robert Zoellick, qualificou a situação de "perigosa" e pediu aos líderes do Grupo dos Vinte (G20, formado pelos países mais ricos e os principais emergentes) que se reunirão dentro de alguns dias em Paris para considerarem a questão dos alimentos como tema "fundamental" da agenda.

Segundo o último relatório do BM, os preços mundiais dos alimentos subiram 15% entre outubro de 2010 e janeiro de 2011, o que significa um aumento de 29% em relação ao ano anterior.

"A alta dos preços está empurrando milhões de pessoas à pobreza, especialmente as mais vulneráveis, que gastam mais da metade de sua renda em comida", explicou Zoellick em entrevista coletiva.

O presidente do BM alertou que a "crescente volatilidade dos preços, devido ao aumento dos estoques e ao aumento da demanda, e somada às adversas condições meteorológicas", pode transformar o tema de alimentos em um "grande problema".

Entre os alimentos que mostraram um aumento especial está o trigo, que duplicou nos últimos seis meses, e o milho, que disparou em 73%.

No entanto, o BM assinalou que o comportamento moderado do preço do arroz, que subiu em um ritmo menor, evitou um cenário mais grave.

O BM situa a linha de pobreza em uma renda de menos de US$ 1,25 ao dia.

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