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Alinhamento de Bolsonaro com Trump fracassou, diz Washington Post

Sobretaxas americanas das exportações brasileiras de aço e alumínio mostram que a aproximação entre Brasil e Estados Unidos não funcionou, escreve jornal

Donald Trump; Jair Bolsonaro (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images)

Donald Trump; Jair Bolsonaro (Jim Lo Scalzo-Pool/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 12h43.

Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às 09h49.

São Paulo – A política externa do governo de Jair Bolsonaro, que tem como base principal o alinhamento com os Estados Unidos e o governo de Donald Trump, fracassou. É o que escreveu o jornal americano The Washington Post, um dos mais tradicionais da imprensa global, em uma matéria sobre o anúncio das sobretaxas americanas sobre exportações brasileiras e argentinas de aço e alumínio.

“Este ano deveria ser o ano em que as coisas mudariam entre o Brasil e os Estados Unidos”, escreveu a publicação, “no entanto, esse novo momento entre os maiores países das Américas trouxe à tona começos enganosos, expectativas frustradas e tuítes vergonhosos”, continuou o jornal, enfatizando que o recado surpresa de Trump ao seu aliado brasileiro na segunda-feira (02) veio não por canais oficiais, mas publicamente e por meio de uma rede social.

Para a publicação, Bolsonaro pareceu ter sido pego de surpresa pelo anúncio do presidente americano. “O fato de que ele não teve qualquer aviso da decisão de Trump valida o que está claro há muito tempo: sua tentativa de colocar o maior país da América Latina próximo da administração de Trump está cada vez mais parecendo uma derrota diplomática humilhante”, escreveu o jornal.

“Esse momento e esse tuíte podem ser mais danosos para o relacionamento do que esnobadas recentes de Washington”, notou a publicação, “Trump açoitou, ante 67 milhões de seguidores, um aliado político que investiu capital político significativo tentando conquista-lo”, sugerindo que isso possa jogar contra os interesses dos Estados Unidos na região, que inclui barrar os avanços recentes que a China vem fazendo na América Latina.

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