Exército da França: sob pressão dos EUA, aliados se comprometeram na cúpula de Gales de 2014 a aproximar seu gasto militar a 2% do PIB nacional para 2024 (Joe Penney/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de junho de 2018 às 16h44.
Os aliados dos Estados Unidos na Otan aumentaram em 2018 o seu gasto militar em 3,82% em seu conjunto, anunciou nesta quinta-feira (7) o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, uma progressão menor do que a registrada em 2017 neste aspecto prioritário para Washington.
"Pelo quarto ano consecutivo há um aumento real do gasto de defesa entre os aliados europeus da Otan e o Canadá", tuitou Stoltenberg ao fim de uma reunião de ministros da Defesa em Bruxelas, para preparar a cúpula de presidentes em 11 e 12 de julho na nova sede da Aliança Atlântica.
As "primeiras cifras para 2018" registram um aumento de3,82%, menor que os 5,21% registrados em 2017, mas superior aos 3,14% e 1,83% dos anos anteriores, segundo cifras da organização transatlântica, que não apresentou as porcentagens por países.
Sob pressão dos Estados Unidos, os aliados se comprometeram na cúpula de Gales de 2014 a aproximar seu gasto militar a 2% do PIB nacional para 2024, e deter os cortes em suas partidas de defesa, efetuadas em plena crise econômica.
E, embora o aumento do gasto em defesa dos aliados seja uma reclamação constante das diferentes administrações americanas, com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, Washington intensificou sua pressão sobre seus aliados, especialmente sobre a Alemanha.
Em 2017, somente quatro países cumpriram este objetivo: Estônia, Grécia e Reino Unido, assim como Estados Unidos, cujo gasto representa dois terços do total da Otan.
Quatro países da ex-órbita soviética - Romênia, Polônia, Letônia e Lituânia - poderia estar no grupo dos 2% este ano, após ficar próximo em 2017.