Mundo

Aliado da Arábia Saudita, governo líbio de Haftar rompe com Catar

O corte de relações foi feito após a decisão de Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito, Bahrein e Iêmen, que o financiam e sustentam

Mohammed al-Dairi: a decisão foi transmitida sem muito detalhamento (Mohamed Abd El Ghany/File Photo/Reuters)

Mohammed al-Dairi: a decisão foi transmitida sem muito detalhamento (Mohamed Abd El Ghany/File Photo/Reuters)

E

EFE

Publicado em 5 de junho de 2017 às 11h40.

Última atualização em 5 de junho de 2017 às 11h42.

Trípoli - O governo líbio em Bayda, sob o controle do Parlamento em Tobruk e do general Khalifa Haftar, homem forte do leste de Líbia, rompeu nesta segunda-feira as relações com o Catar, da mesma forma que Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito, Bahrein e Iêmen, que o financiam e sustentam.

A decisão foi transmitida aos jornalistas, sem detalhamento, pelo ministro de Assuntos Exteriores líbio, Mohammed al-Dairi, que tem influência apenas em temas políticos e diplomáticos do país.

Membro da cúpula que levou Muamar Gadafi ao poder, ele se tornou o principal opositor ao tirano no exílio na década de 80, após ser recrutado pela CIA e se mudar para os Estados Unidos. Em 2011, e com ajuda dos Executivos em Washington e no Cairo, retornou ao seu país e se uniu aos rebeldes que se fortaleceram e depois, com a ajuda da OTAN, derrubaram o ditador.

Atualmente, comanda o chamado Exército Nacional Líbio (LNA) e tem três frentes de guerra: uma no leste, outra no oeste e uma terceira no sul, zona que bombardeia quase diariamente com a ajuda das aviações do Egito, dos Emirados Árabes e da Rússia.

Haftar também controla a política do Parlamento, a única instituição que mantém a legitimidade plena da comunidade internacional, e não reconhece o governo rival em Trípoli, dirigido por Fayez al-Sarraj e apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Na última semana, aviões de combate egípcios atacaram duas vezes supostas posições jihadistas em território líbio com a ajuda logística do governo no leste.

Acompanhe tudo sobre:CatarDiplomaciaLíbiaOriente Médio

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA