Centro de testagem para a covid em Seul, na Coreia do Sul: país bate recorde de casos (Chris Jung/NurPhoto via Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 17 de novembro de 2021 às 17h47.
Última atualização em 17 de novembro de 2021 às 19h17.
Não é só a Europa e a China: agora, a Coreia do Sul também voltou a registrar um número crescente de internações pela covid. Nesta quarta, dia 17, o país reportou mais de 3.000 novas infecções, um dos índices mais altos desde o início da pandemia. A alta no número de casos acontece poucas semanas depois do relaxamento das medidas de combate ao coronavírus.
Com 80% da população totalmente vacinada, o país começou a flexibilizar as normas de controle no dia 1º deste mês. Os estádios voltaram a receber o público. Além disso, bares e restaurantes foram liberados para funcionar a noite toda.
Desde então, o número de mortes por complicação da covid vem aumentando, tendo passado de 12,4 por dia no início do mês para 20 nesta quarta.
As autoridades locais atribuem a nova onda da pandemia à propagação da variante delta. Cogita-se também que o abandono de medidas mais restritivas do enfrentamento ao vírus esteja contribuindo para o aumento no número de casos. Por ora, no entanto, o país não deve retomar regras mais rígidas.
Europa
Com 52.826 novos casos nesta quarta, 30% mais do que na semana passada, a Alemanha vive um dos piores momentos da pandemia. “A quarta onda está atingindo o país com força total”, disse a chanceler Angela Merkel. “O número de novas infecções diárias é mais alto do que em qualquer outro período. Se a quantidade suficiente de pessoas for vacinada, será a saída para a pandemia”.
Cerca de 68% dos alemães tomaram as duas doses da vacina, porcentagem mais baixa do que a média na Europa Ocidental.
Partidos como o Social Democrata e Verdes elaboraram um pacote de novas medidas de combate à pandemia, que deverá ser apresentado nesta quinta, dia 18, ao Parlamento.
Enquanto isso, a preocupação com uma onda da covid motivou o governo da Bélgica a reforçar a importância do uso de máscaras e a recomendar o home office. O país tem reportado mais de 8.000 novos casos por dia. “Foi dado o sinal vermelho”, disse o primeiro-ministro, Alexander De Croo.
Na Hungria, a comunidade médica alertou que este deverá ser “um Natal triste”, com uma alta de 10.000 infecções diárias, o número mais alto desde março deste ano. A República também reportou um recorde no número de casos, que passaram de 22.000 nesta quarta.
China
O novo epicentro da doença na China é a cidade de Dalian, no norte do país. De acordo com as autoridades chinesas, mais de 200 casos estão sendo registrados por dia desde o início do mês. A variante delta é apontada como o fator preponderante da nova onda da covid, que teria se espalhado por 21 províncias.
No total, o país vem reportando mais de 1.000 novas infecções por dia. Em algumas províncias, como a Mongólia, o lockdown já voltou. Testagens em massa e rastreamentos de contato também voltaram a ser realizados.
Regiões de fronteira com Mianmar (a antiga Birmânia), no sudeste, e a Rússia estão sendo apontadas como novos focos da doença, embora as maiores preocupações estejam voltadas para Dalian, com 7,5 milhões de habitantes.