Aleppo: entre os mortos, há pelo menos 479 crianças e 262 mulheres. (Abdalrhman Ismail/Reuters)
EFE
Publicado em 24 de outubro de 2016 às 09h10.
Cairo - Pelo menos 2.114 civis morreram e cerca de 11 mil ficaram feridos nos últimos seis meses em Aleppo, período em que se intensificaram os bombardeios sobre a cidade, informou neste sábado o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
De acordo com a organização, o número corresponde às vítimas registradas desde 22 de abril até hoje. Entre os mortos, há pelo menos 479 crianças e 262 mulheres.
A maior parte dos falecimentos - 1.282 pessoas - ocorreu nos bairros do leste da cidade, sob controle dos rebeldes, alvo de bombardeios russos e sírios.
Por outro lado, nas zonas dominadas pelo regime sírio, no oeste da cidade, pelo menos 667 civis, entre eles 176 menores de idade e 131 mulheres, morreram e outras dezenas ficaram feridas pelo lançamento de foguetes e munição de artilharia contra a região.
O Observatório Sírio pediu o fim do "massacre diário contra os filhos do povo sírio" e punição para os "expedientes dos crimes de guerra e contra a humanidade no Tribunal Penal Internacional".
Hoje, Aleppo vive as últimas horas da trégua humanitária estabelecida de forma unilateral pela Rússia desde quinta-feira. No entanto, a cessação das hostilidades não conseguiu cumprir o objetivo de produzir a saída de feridos e doentes, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o próprio Observatório Sírio.
A cidade de Aleppo é disputada pelas forças do regime do presidente do país, Bashar al Assad, e vários grupos rebeldes desde meados de 2012, quando os insurgentes conquistaram várias partes do município, o segundo maior da Síria. EFE