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Alencar pode deixar UTI hoje, mas não deve ir a posse

O vice-presidente alimenta-se normalmente e, desde ontem, não faz transfusão de sangue

O vice-presidente, José Alencar, que enfrenta um câncer há mais de dez anos (Ricardo Stuckert/PR)

O vice-presidente, José Alencar, que enfrenta um câncer há mais de dez anos (Ricardo Stuckert/PR)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2010 às 13h32.

São Paulo - O médico oncologista Paulo Hoff disse hoje ser "muito improvável" que o vice-presidente da República, José Alencar, compareça à posse da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), no sábado, em Brasília.

Embora o estado de saúde de Alencar tenha evoluído desde ontem, quando foi submetido a uma arteriografia para estancar o sangramento de um tumor no intestino delgado, Hoff afirmou que a despressurização do avião que levaria Alencar de São Paulo a Brasília poderia facilitar a ocorrência de novos sangramentos.

"É muito improvável que ele possa viajar. Você quer dar sempre a avaliação até o último minuto, mas tem a questão da despressurização do avião, que não faz bem para essas áreas que estavam sangrando e podem voltar a sangrar", disse.

"Ele quer muito, mas nesse momento é impossível prometer. Ele tem consciência de que, neste momento, é impossível prometer. Ele sabe que só vai ser permitido isso se for seguro para ele. Mais importante do que ele estar na posse é ele estar bem. Ele sabe que é muito improvável que ele possa ir", disse o médico.

Hoff afirmou que Alencar pode deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ainda hoje. "Há possibilidade real de que ele deixe a UTI. Pode até ser hoje, se ele continuar apresentando melhora." Ele descartou, porém, que Alencar deixe o hospital.

De acordo com Hoff, o vice-presidente alimenta-se normalmente. Desde ontem, ele não faz transfusão de sangue, afirmou o médico. "Finalmente, a hemoglobina está estável. Temos de dar tempo porque pode sangrar de novo, mas até agora, não sangrou. Estamos muito satisfeitos. Mas ainda é cedo para comemorar"

Desde a última cirurgia, na semana passada, o vice-presidente não é submetido ao tratamento de quimioterapia, que pode dificultar a cicatrização dos cortes.

Segundo Hoff, a expectativa é que ele volte a passar por quimioterapia na próxima semana. A hemodiálise, no entanto, foi mantida. "O estado de saúde dele é delicado, mas melhor do que ontem. Houve uma pequena melhora, mas nenhuma modificação nos parâmetros hemodinâmicos."

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